Covid-19 derruba economia de São Paulo, não a quarentena

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A pandemia do coronavírus responde por 73% da perda do Produto Interno Bruto (PIB) que o Estado de São Paulo vem sofrendo, e não pela decretação de quarentena. O restante, 27% da perda do PIB, tem sido prejudicado conjuntamente pela pandemia e também pela decretação da quarentena no estado, informou o secretário estadual da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles.

Podemos verificar que 27% da perda do PIB é afetado pela quarentena, sim. Mas as avaliações mostram que, mesmo que não tivesse a quarentena, estes setores seriam afetados e estão afetados pela pandemia. Por exemplo, diversos setores que não estão afetados pela quarentena, estão sim sofrendo grande queda de atividade. Isso é prova concreta de que 27% de queda do PIB na verdade não se deve apenas ao efeito da pandemia. Tem alguma coisa da quarentena também. Mas a quarentena é apenas uma parte da queda de 27% do PIB”, falou Meirelles à Agência Brasil. “O PIB cai fundamentalmente pelo efeito da pandemia.”

Apesar da quarentena, o governador de São Paulo, João Doria Jr., afirmou que 74% da economia do estado continua em funcionamento. Doria também destacou que o problema da economia não é a quarentena. “O inimigo da economia não é a quarentena, é o coronavírus, é a pandemia”, falou.

O governo paulista ainda não tem uma estimativa de quanto será a queda na atividade econômica do estado. Mas, segundo Meirelles, já foi observada, em abril, uma redução de 19% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em relação a abril do ano passado.

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Tivemos uma queda pronunciada de cerca de 19% na arrecadação [do ICMS], o que significa que há uma queda da atividade econômica que pode ser próxima desta [redução]. Uma pequena parte disso é o aumento da inadimplência, portanto esse é um dado da maior importância”, ressaltou o secretário. A previsão dele é que a arrecadação do estado em maio e junho seja ainda menor.

São Paulo está em quarentena desde 24 de março e ficará assim até pelo menos 31 de maio. Durante a quarentena, apenas serviços considerados essenciais como abastecimento, saúde, logística e segurança, podem funcionar.

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