Pandemia joga 80 milhões da Ásia-Pacífico na miséria

1074
Papa Francisco. Imagem de Annett_Klingner por Pixabay

A pandemia de Covid-19 empurrou cerca de 75 a 80 milhões de pessoas da Ásia-Pacífico em desenvolvimento para a pobreza extrema em 2020, de acordo com um novo relatório do Banco de Desenvolvimento Asiático (ADB, em inglês) divulgado na terça-feira.

O relatório Indicadores Chave para a Ásia e o Pacífico 2021 advertiu que a pandemia de Covid-19 está ameaçando o progresso da Ásia e do Pacífico em direção a metas críticas sob os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O relatório disse que a pandemia, que devastou o mundo no início do ano passado, “ampliou as antigas desigualdades sociais e econômicas vividas por milhões que vivem abaixo ou perto da linha da pobreza”.

Conforme os impactos socioeconômicos continuam a se manifestar, o relatório disse, “as pessoas que já lutam para sobreviver correm o risco de cair em uma vida de pobreza”.

Espaço Publicitáriocnseg

Dizendo que a pandemia aumentou a desigualdade, o relatório alertou que o aumento relativo da pobreza extrema pode ser ainda maior.

De acordo com o relatório, cerca de 203 milhões de pessoas, ou 5,2% da população em desenvolvimento da Ásia, viviam em extrema pobreza em 2017. Sem Covid-19, esse número teria diminuído para cerca de 2,6% em 2020.

Para alcançar os ODS até 2030, os tomadores de decisão “precisam aproveitar dados de alta qualidade e oportunos como um guia para ações para garantir que a recuperação não deixe ninguém para trás – especialmente os pobres e vulneráveis”, disse o economista-chefe do ADB, Yasuyuki Sawada, em declaração.

Já o papa Francisco enviou mais de 350 mil euros em fundos de caridade à sua disposição pessoal como ajuda emergencial para o Haiti, Bangladesh e Vietnã, informou o Vaticano nesta terça-feira. O comunicado diz que 200 mil euros foram destinados ao Haiti, para ajudar na recuperação de danos do terremoto de 14 de agosto que matou mais de 2 mil pessoas.

Cerca de US$ 70 mil foram enviados a Bangladesh para continuar a recuperação dos estragos causados pelo Ciclone Yaas, que deixou dezenas de milhares de desabrigados em maio. Cerca de 100 mil euros seguiram para o Vietnã, onde o abastecimento de alimentos foi prejudicado pela pandemia de Covid-19.

O Vaticano afirmou que as quantias são contribuições iniciais e serão administradas por meio de suas embaixadas nos países.

Grande parte do dinheiro de caridade à disposição do papa vem de Peter’s Pence, um fundo para o qual os católicos podem contribuir para causas gerais ou específicas.

O fundo subiu para 50 milhões de euros em 2020, de acordo com demonstração financeira consolidada divulgada no mês passado.

 

Com informações da Xinhua e da Agência Brasil, citando a Reuters

Leia também:

Papa Francisco faz apelo por vacinação

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui