Cresce a discussão internacional sobre o que pode fazer o Fed (espécie de banco central terceirizado dos EUA) para continuar financiando o déficit norte-americano. A ameaça de “monetizar” a dívida paira no ar desde a reunião de banqueiros centrais em Jackson Hole (27 de agosto), relata o boletim eletrônico semanal Resenha Estratégica. O presidente do Fed, Bem Bernanke, teria dito nas entrelinhas que o resto do mundo não tem outra opção que a de continuar financiando os déficits estadunidenses; caso contrário, os EUA transformarão em papel pintado os trilhões de títulos do Tesouro espalhados pelo mundo.
Hora de sair?
O Brasil é o quarto país no ranking dos detentores de títulos dos Estados Unidos.
Os ilíquidos
Um dos argumentos mais renitentes de alguns analistas e operadores contra a participação na capitalização da Petrobras é o “risco político”, inerente, segundo a visão de mundo que compartilham certas seitas, a toda empresa estatal, seja qual for o governo de plantão. Pela mesma lógica, supõe-se que esses advisers estivessem montados em papéis de empresas como Bank of America, AIG, Lehman Brothers. Ou seja, a opção por excluir da sua carteira de ações a principal empresa brasileira não se deve apenas à síndrome da estadofobia. É também problema de falta de liquidez.
Matemágica
A previsão do Banco Central de que o Brasil deve torrar US$ 9,068 bilhões, este ano, com o pagamento de juros da dívida externa surpreendeu os incautos que acreditaram na tese de que “o Brasil acabou com a dívida externa”. Afinal, se a dívida acabou, por que o país continua a pagar juros sobre um montante inexistente? É porque existe diferença abissal entre o fato de as reservas internacionais brasileiras, na faixa de US$ 270 bilhões, superarem o débito externo, US$ 228,594 bilhões – dados de agosto. Este número, porém, não inclui os empréstimos intercompanhias; com essa rubrica, o montante da dívida externa já chega a US$ 300 bilhões.
Comércio
O presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), Aldo Gonçalves, recebe nesta quinta-feira, às 18h, o título de Benemérito do Estado, comenda da Assembléia Legislativa.
O intuitivo
Embora admitindo não ter qualquer prova para sustentar a acusação, o candidato do PSDB à presidente da República, José Serra (PSDB), agarrou-se a sua “intuição”, para sustentar que o caos provocado pela paralisação de terça-feira no Metrô de São Paulo fora fruto de “interesses eleitorais”. Serra não se arriscou, porém, a recorrer à intuição, para informar ao país que o desabamento da estação Pinheiros, no início de 2007, também fora provocada por interesses eleitorais.
Por via das dúvidas
A intuição de Serra, no entanto, parece não empolgar nem as hostes tucanas. Embora ele tenha insistido em que o Metrô paulista é “seguríssimo”, no Dia Mundial sem Carro, o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), foi trabalhar de metrô, mas, certamente, por boas razões, evitou o horário de rush, gesto que, infelizmente, a grande maioria dos usuários não pode imitar.