O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão confirmou que o país fez um pedido formal para aderir ao Brics. “Tomamos esta decisão depois de termos notado que os Brics proclamaram a abertura ao multilateralismo inclusivo”, disse a porta-voz do Ministério, Mumtaz Zahra Baloch, numa conferência de imprensa semanal nesta quinta-feira (23).
Ao aderir ao grupo, o Paquistão pode desempenhar um papel importante na promoção da cooperação internacional e na revitalização do multilateralismo inclusivo, disse ela. “O Paquistão mantém laços amistosos com a maioria dos membros do Brics, bem como com o grupo de países recém-convidados”, acrescentou a porta-voz.
A Nigéria também voltou a examinar o ingresso no Brics. Sob o título “Nigéria quer fazer parte do bloco Brics em dois anos”, a Bloomberg News publica comentários do ministro nigeriano das Relações Exteriores, Yusuf Tuggar, que afirmou que “o país se juntará a todos os grupos que estiverem abertos se as intenções são bons, bem-intencionados e claramente definidos”.
“A Nigéria atingiu a maioridade para decidir por si mesma quem devem ser os seus parceiros e onde devem estar, estar multialinhados é do nosso interesse. Precisamos pertencer a grupos como os Brics, como o G20 e todos estes outros, porque se existe um determinado critério, digamos que os maiores países em termos de população e economia devem pertencer, então porque é que a Nigéria não faz parte dele?” Espera-se que a Nigéria se torne o quarto país mais populoso do mundo até 2050.
Na Cúpula dos Brics em agosto, na África do Sul, houve ruído sobre se a Nigéria queria ou não aderir ao bloco. As declarações feitas pelo ministro das Relações Exteriores, e não pelo Ministro das Finanças, parecem confirmar uma divisão no governo nigeriano sobre o tema.
O Brics é um grupo de economias emergentes integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A partir de 1º de janeiro de 2024, Irã, Argentina, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos passarão a integrar o bloco.
Com Agência Xinhua