Para o comércio carioca, Dia das Mães será o da lembrancinha

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Aldo Gonçalves (Foto: Arthur S.Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)
Aldo Gonçalves (Foto: Arthur S.Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)

O comércio carioca está moderadamente otimista com o aumento das vendas para o Dia das Mães, a maior data comemorativa para o setor depois do Natal. A data que já foi do “presentão” este ano vai ser da “lembrancinha”, de acordo com o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), e o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio), que juntos representam mais de 30 mil lojistas.

“Na verdade, a razão do moderado otimismo dos lojistas com o aumento das vendas para o Dia das Mães é que, além da pandemia, as condições de vida dos brasileiros vêm se deteriorando, com a perda do poder aquisitivo. A recente PNAD, divulgada pelo IBGE no último dia 31 de março, mostra que a taxa de desemprego do trimestre encerrado em janeiro de 2021 atingiu 14,2%, com 14,3 milhões de desempregados, para os quais o consumo deixou de existir. Sendo assim, é urgente que sejam renovadas e ampliadas medidas que mitiguem as imensas dificuldades, que penalizam grande parte da população brasileira”, diz Aldo Gonçalves, presidente das duas entidades.

Segundo ele, neste contexto adverso que estamos vivendo por conta da pandemia, que impôs o isolamento social, alterou o comportamento de consumo das pessoas e obrigou o comércio a cumprir uma série de restrições, impostas por vários decretos municipais e estaduais que vem castigando o setor, apontado como o mais impactado pela pandemia.

“Por conta disso, mais de 75 mil estabelecimentos comercias fecharam suas portas no ano passado, segundo a CNC, e mais de 10 mil no Rio de Janeiro em 2019, de acordo com dados do CDL-Rio. Convém ressaltar que aqui no Rio o comércio parou por quase 100 dias. Não custa lembrar que cada dia parado representa cerca de R$ 405 milhões em perdas de vendas”, diz.

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Ainda assim, segundo o CDL-Rio e o Sindilojas-Rio, os lojistas criaram uma série de estímulos para aumentar as vendas, entre promoções, descontos, sistemas de crédito diferenciados e diversificação de produtos. Eles acreditam que vestuário, calçados, bolsas e acessórios, joias e bijuterias, perfumes, produtos de beleza, devem ser os presentes mais vendidos.

Pesquisa realizada pela Hibou em parceria com a Scoregroup apontou que oito em cada 10 brasileiros pretende não promover encontros familiares e que 62,8% dos brasileiros acredita que o feriado ocorrerá em fases amarelas e vermelhas em função da Covid. Para 20,7% dos brasileiros, ir até casa da mãe ou sogra é uma opção.

O estudo apontou que para o brasileiro o Dia das Mães é como se fosse uma data de reconhecimento para todas elas (33%) ou com uma simbologia importante (22,1%). Já 13,8% enxerga como uma chance de reunir a família. O que não pode faltar nessa data tão especial é a família (71,2%), almoço (35,7%) e presentes (12,8%). As mães estão no topo da lista de presentes para 73,6% da população, porém 17,6% também se auto presenteia, 12,1% não compra presente para ninguém e 11,6% compra sim, mas para as avós. Para escolher esse presente, 52,9% aposta em algo que ela já queira, 22% algo que ela não espera e 21,9% escolhe algo útil para o dia a dia: vestuário (61,6%), calçados (44%), perfumes (40,3%), bolsas e acessórios (37,6%), beleza e maquiagem (26,5%) e joalheria (26%).

A escolha pela compra virtual também reflete na idade da população e afinidade com internet e tecnologia, em que a maior fatia, de 69,7%, possui de 26 a 35 anos.

Um total de 2.691 brasileiros respondeu a pesquisa de forma digital, entre 6 e 7 de abril de 2021, garantindo resultado com 1,9% de margem de erro. A pesquisa engloba níveis de renda ABCD e todas as faixas etárias, de entrevistados em São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Brasília, Recife e Manaus.

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