A aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto que permite a privatização dos Correios já repercute no Senado, onde o PL 591 terá que ser votado. A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) cobrou do governo explicação sobre o destino dos recursos que são arrecadados pela União com as privatizações.
“Para onde está indo esse dinheiro? Eu faço um apelo aqui para que a gente não venda o patrimônio do povo brasileiro. Nenhum empresário que tem empresa que dá lucro vende”, afirmou Zenaide, de acordo com a Agência Senado.
Pelo Twitter, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) registrou que os deputados federais aprovaram a privatização com 286 votos a favor, 173 contra e 2 abstenções, e que o texto original do governo foi alterado. “O projeto sugere a venda de 100% do capital da empresa. O texto enviado pelo Executivo estipulava a criação de uma companhia de economia mista, ou seja, com participação da Administração Pública indireta e da iniciativa privada”, escreveu Alvaro Dias.
A oposição garante que vai à justiça se o projeto for aprovado. O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou no final de julho que a privatização dos serviços postais e do Correio Aéreo Nacional não deveria ir adiante por ser considerada inconstitucional. A Constituição estabelece que compete à União manter o serviço postal e o Correio Aéreo Nacional, sendo dessa forma o Governo que deve executar e explorar o serviço.