Para onde irão os agrotóxicos banidos na Europa?

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Agrotóxicos (Foto: Max Pixel/Licença CC/ Domínio Público)
Agrotóxico (foto de Max Pixel/Licença CC/ Domínio Público)

Desde 2018, a União Europeia (na época ainda com o Reino Unido) baniu o uso de pesticidas neonicotinoides, suspeitos de prejudicarem gravemente as abelhas. O agrotóxico proibido lá, porém, segue sendo exportado. Segundo o Greenpeace, 3,8 mil toneladas serão enviadas para países nos quais ainda é aceito, como Rússia, Ucrânia, Argentina, Irã, África do Sul e Indonésia. Quase metade virá parar no Brasil.

A maior parte da exportação será feita pela Syngenta da Bélgica. A multinacional chinesa disseque defende “totalmente a segurança e eficácia” do produto”. A alemã Bayer, outra vendedora, alegou que “o simples fato de um produto fitofarmacêutico não ser autorizado ou proibido na UE não diz nada sobre sua segurança”(!).

Uma declaração feita por um oficial de saúde e segurança alimentar da Comissão Europeia ao jornal britânico The Guardian liga o alerta: “Os neonicotinoides são particularmente tóxicos para as abelhas e contribuem significativamente para o declínio das populações de polinizadores. Não consideraríamos aceitável que a produção de alimentos para importação na UE conduza ou represente uma ameaça de graves efeitos adversos nas populações de polinizadores.” Pode-se esperar, para breve, proibição da exportação de alimentos em que o agrotóxico foi utilizado.

 

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