Estudo da Ipsos revelou dados sobre a percepção e satisfação global em relação à infraestrutura dos países. Enquanto 40% dos entrevistados mundialmente expressaram satisfação com os serviços como transporte, energia e comunicação, somente 29% dos brasileiros demonstraram satisfação com a infraestrutura do país. O estudo também avaliou diversos aspectos específicos de infraestrutura, incluindo transportes, energia e comunicação no Brasil e em outros 31 países.
“Quando comparamos os continentes, fica evidente a maior satisfação com a infraestrutura está nos países da Ásia-Pacífico, onde 53% dos entrevistados aprovam as condições. Em contraste, as regiões do Oriente Médio e da África apresentam os menores índices de aprovação, com apenas 27%. Tanto a União Europeia quanto a Europa na totalidade, demonstram um nível de satisfação similar, com 35% – mesma média também da América Latina. Por fim, a América do Norte registra um índice de satisfação de 32%”, diz a pesquisa.
De outra perspectiva, há países com altos índices de satisfação nesse aspecto, como Singapura, com 74% de aprovação de sua infraestrutura, seguida pela Índia, com 73%, e pela Holanda, com 64%. Por outro lado, países com menores índices de satisfação incluem a Romênia, com apenas 15%, além de Hungria e Itália, que também apresentam baixos níveis de aprovação, com 19% e 23%, respectivamente.
Cerca de 65% dos brasileiros que participaram da pesquisa afirmaram que os governos não atendem adequadamente às necessidades da população com relação aos serviços públicos. Aproximadamente 42% das pessoas no Brasil desaprovam a infraestrutura de internet e rede 5G no país e mais da metade da população está insatisfeita com as principais estruturas do país, incluindo rodovias, abastecimento de água e transporte. Já o ponto pior avaliado pelos brasileiros é a infraestrutura contra enchentes. 78% avaliam mal às defesas contra inundações no país. Um dos únicos pontos avaliados positivamente pelos brasileiros, o entanto, são os aeroportos – aproximadamente 69% expressaram aprovação em relação à infraestrutura aeroportuária do país.
Além disso, 71% dos brasileiros acreditam que uma infraestrutura de excelência é crucial no combate às mudanças climáticas, ficando atrás apenas da África do Sul (74%) e à frente da Tailândia (69%).
A pesquisa foi conduzida entre 24 de maio e 7 de junho com a participação de 23.530 adultos entre 18 e 74 anos de 32 países. Foram realizadas 1.000 entrevistas no Brasil, com margem de erro de 3,5 p.p..
Já estudo desenvolvido pela consultoria HTopics, com o apoio da Roche Farma Brasil, apresenta dados atualizados sobre como os gastos públicos em saúde impactam positivamente a economia brasileira. Utilizando a Matriz alimentada com dados de contabilidade de 2021, o levantamento revela que cada R$ 1 adicional investido em saúde pública gera um retorno de R$ 1,61 no Produto Interno Bruto do Brasil. O efeito multiplicador do investimento é uma evidência concreta de como o setor de saúde é estratégico para o crescimento econômico sustentável do Brasil.
Os pesquisadores destacam mais um dado de extrema relevância: o impacto positivo da saúde sobre a renda das famílias brasileiras. Para cada R$ 1 investido em saúde pública, há um retorno de R$ 1,23 em renda adicional para as famílias. Esse ganho ocorre por diversos fatores, como a redução de despesas diretas com saúde, o aumento do PIB, e a recuperação da capacidade produtiva de trabalhadores. Além disso, esse benefício tende a ser mais expressivo para famílias em maior vulnerabilidade social, visto que o estudo também mostrou que famílias que ganham até R$ 1.200 utilizam cerca de 82% dos recursos aplicados em saúde no sistema público.
Esses resultados reforçam a relevância de ampliar o financiamento do SUS, não apenas como uma medida de proteção social, mas como um motor para o desenvolvimento econômico e a redução das desigualdades sociais no Brasil. O estudo oferece uma base concreta para que gestores públicos e tomadores de decisão enxerguem o gasto em saúde como um investimento estratégico.
A pesquisa ainda enfatiza como o investimento público em saúde beneficia diretamente as famílias de menor renda, contribuindo para a redução das desigualdades sociais. Essa redistribuição de recursos reforça a necessidade de políticas que priorizem a equidade e a universalização do acesso aos serviços de saúde.
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