Paralisação dos auditores-fiscais prossegue nesta 4ª feira

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Auditores fiscais em greve
Auditores fiscais em greve (Foto Sindifisco Nacional)

A paralisação dos Auditores e Auditoras-Fiscais iniciada na terça-feira prossegue nesta quarta-feira, como parte do acirramento das ações de mobilização da categoria, que reivindica a instalação da Mesa Específica para negociar o reajuste do vencimento básico, entre outras pautas. Também nesta semana estão sendo instalados os Comandos Regionais de Mobilização (CRM) e até a próxima terça-feira (5) deverá ser instalado o Comando Nacional.

Os Auditores-Fiscais decidiram ingressar em estado de mobilização no mês de julho, após o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) informar que não cumpriria o acordo que previa a instalação da mesa de negociação da categoria, sob o argumento errôneo de que a regulamentação do bônus já teria contemplado a pauta salarial. Desde então, diversas ações já foram realizadas, como atos públicos e reuniões com superintendentes e delegados em todo o país para cobrar apoio ao pleito dos Auditores.

Além da paralisação de 48 horas, conforme decidido em Assembleia Nacional, continua suspensa a participação dos Auditores-Fiscais em reuniões e treinamentos, presenciais ou virtuais, no âmbito da Receita Federal. Paralelamente, permanece a orientação de entrega de cargos e de não ocupação das vagas durante a mobilização. Na sexta-feira, Auditores-Fiscais indicados para as funções de chefes e substitutos na Delegacia de Maiores Contribuintes da 9ª Região Fiscal (Demac 09) formalizaram a recusa em assumir quaisquer funções comissionadas na nova estrutura regimental do órgão.

O especialista em comércio exterior e Diretor Institucional da AGL Cargo, Jackson Campos, explica como a paralisação pode travar a cadeia de suprimentos no país.

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“A greve dos auditores fiscais da Receita Federal causa atrasos na liberação de mercadorias, elevando custos com armazenagem, além de interromper cadeias de suprimentos. Setores como o automotivo, varejo e farmacêutico são diretamente afetados porque seus insumos são todos importados. A paralisação pode gerar imprevisibilidade e incertezas, aumentando a desconfiança do empresário no estado. Se a greve se mantiver após o esperado pode ser desastroso para a economia do Brasil, gerando desabastecimento e inflação”, afirma o especialista.

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