Levantamento do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), estima que, na Páscoa, serão abertas cerca de 75 mil vagas temporárias em todo o estado. Este movimento, impulsionado pelo aumento das vendas no comércio, deve trazer novas oportunidades para trabalhadores que buscam uma chance de ingressar no mercado de trabalho.
A Páscoa, tradicionalmente associada ao consumo de chocolates, também gera uma demanda significativa por profissionais temporários, não apenas nas lojas de varejo, mas também em áreas de logística, produção e distribuição.
Com menos de um mês para a data, muitas empresas ainda estão contratando, oferecendo uma chance para quem busca uma renda extra. De acordo com o economista do IEGV/ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, cerca de 20% das vagas temporárias devem se converter em empregos permanentes, especialmente no setor de varejo.
“Em todo o estado, são 75 mil vagas temporárias, representando 75 mil oportunidades para aqueles que buscam uma colocação no mercado de trabalho. Estimamos que cerca de 20% dessas vagas devem se transformar em contratos efetivos, especialmente em um momento de mercado ainda aquecido”, afirma.
Essa data representa não só uma excelente oportunidade para quem busca um dinheiro extra, mas também pode ser o primeiro passo para um emprego fixo, que traz estabilidade e segurança financeira.
O consumo de chocolate nos lares brasileiros passou de 85,5% em 2020 para 92,9% em 2024, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). A média de consumo per capita foi de 3,9 kg por ano, o maior índice registrado nos últimos cinco anos. Esse aumento no consumo é impactado pela demanda sazonal da Páscoa, período de intensa movimentação para os empreendedores do setor.
Por meio do Banco do Povo Paulista (BPP), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE) oferece crédito e contribui para o crescimento dos pequenos negócios da área. De 2023 a fevereiro de 2025, o programa desembolsou R$ 1,7 milhão em 110 operações para atividades relacionadas ao chocolate, incluindo o comércio varejista de doces, balas, bombons e produtos semelhantes, além de para fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates.
Levantamento da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), vinculada à SDE, aponta que, também em 2024, houve um aumento de 9,4% no número de empresas abertas no setor de fabricação de produtos derivados do cacau, de chocolates e no comércio varejista e atacadista de doces, balas, bombons e semelhantes em comparação ao mesmo período de 2023, passando de 781 para 855.