De acordo com levantamento feito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, divulgado no último dia 11 pelo IBGE, a inflação de alguns alimentos superou o percentual acumulado dos últimos 12 meses no país, que foi de 5,48% – acima da meta do Banco Central.
No Rio de Janeiro, as maiores altas no último ano foram registradas em itens como chocolate em barra e bombom (21,54%), ovo de galinha (17,63%), azeitona (17,28%) e azeite (8,39%).
“A alta do dólar, problemas climáticos que afetam lavouras de cacau e oliveiras, por exemplo, e o custo do frete impactam diretamente o preço de alguns produtos mais consumidos na Páscoa. Além de o câmbio refletir a pressão sobre os preços dos produtos importados, há adicionalmente o fenômeno da inflação sazonal neste período de Páscoa. Ou seja, a demanda por produtos que compõem os pratos da ceia tende a subir devido a maior procura”, explica Durval Meirelles, professor de Economia da Universidade Veiga de Almeida.
Na contramão, outros itens tiveram queda no preço no acumulado dos últimos 12 meses no estado, como a batata inglesa (-43,99%) e a cebola (-44,63%). Os pescados em geral estão 3,56% mais caros do que no ano passado. O camarão, no entanto, apresentou queda de 2,14% no período.
“Já o salmão, o bacalhau e o vinho subiram 6,04%, 7,05% e 0,55%, respectivamente, devido também à alta do dólar, custos logísticos, maior consumo sazonal e redução de estoques em mercados internacionais”, finaliza o especialista.
Já de acordo com a plataforma Nuvemshop, houve um aumento de 30% no faturamento das pequenas e médias empresas do e-commerce que investiram na Páscoa, alcançando R$ 3,9 milhões. Foram vendidos cerca de 88 mil produtos específicos para a data, um crescimento de 28% em relação a 2024.
Produtos registrados como “Páscoa” na plataforma cresceram 42% em número de itens vendidos e 45% em faturamento, movimentando mais de R$ 1,6 milhão. Já os chocolates, símbolos do feriado para muitas pessoas, tiveram uma queda de 5% no total de produtos vendidos via internet.
Os dados foram levantados junto à base brasileira de lojistas da Nuvemshop, durante o período de 14 de março a 13 de abril de 2024 e 2025.
Leia também:
IAV-IDV: varejo deve ter maiores vendas de julho a agosto
Previsão de crescimento é de 5,5% em junho, 4,8% em julho e 5,2% em agosto
Como se preparar para as novas regras
Firjan debate os desafios da Reforma Tributária
Resolução para negociação de acordos
Cade abre consulta sobre proposta até o dia 23 de julho
Demanda por crédito no Brasil cresce 2,6% em abril
Segundo o Índice da Neurotech empresas de pequeno porte foram os principais destaques
Igualdade de gênero segue longe do comando das empresas
Presidências, Vice-presidências e Conselhos continuam quase inacessíveis para mulheres; 72,4% delas creem não haver igualdade de oportunidades no mercado de trabalho
Receita libera hoje consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda
Cerca de 6,5 milhões de contribuintes receberão R$ 11 bilhões