Secretário de estudos estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, que fica no Palácio do Planalto e é comandada por um almirante da Marinha, Flávio Rocha, é o cargo que o general da ativa do Exército Eduardo Pazuello ocupará após sua saída do Ministério da Saúde, que comandou de maio de 2020 a março de 2021 e é um dos principais alvos da CPI da pandemia.
A nomeação para um cargo dentro da Presidência da República saiu nesta terça-feira, em portaria assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, general da reserva, e publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Pazuello terá um cargo DAS 6, a hierarquia mais alta possível para cargos de confiança, com um salário de R$ 16.994,90 que se somará ao seus vencimentos do Exército, sujeito ao teto constitucional de R$ 39,2 mil.
O cargo permite que Pazuello esteja próximo de Bolsonaro, mas não garante ao ex-ministro foro privilegiado – ele pode vir a responder a inquéritos e eventuais ações penais na primeira instância da Justiça.
Atualmente, além de alvo da CPI, que pode solicitar o seu indiciamento, Pazuello é investigado pela Polícia Federal por conta de suas decisões quando estava à frente do Ministério da Saúde, em especial o caso da falta de oxigênio em hospitais de Manaus.
Pelo visto, o general não sofrerá qualquer reprimenda pelo fato de ter participado, no dia 23 de maio, de um ato politico no Rio de Janeiro ao lado do presidente, apesar de o regulamento disciplinar vedar participação de militares nesse tipo de evento. Pela participação no ato, o general está respondendo a um procedimento administrativo no Exército, que deve ser decidido em breve.
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