Pechincha

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O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que está disposto a comprar a fazenda dos filhos do presidente Fernando Henrique Cardoso, em Buritis (MG), pelo valor declarado no Imposto de Renda. Este valor, segundo ele, seria de apenas R$ 1.600. Requião disse que está disposto a doar a fazenda para a reforma agrária. Ele reclamou da falta de investigações sobre o valor da fazenda.
Problema social
O conflito entre o presidente FH, o governador Itamar Franco e o MST repercutiu no plenário do Senado. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu a desapropriação de fazenda dos filhos do presidente FH, em Buritis: “Não existe amparo legal para o Exército ser utilizado na proteção de patrimônio particular e aquela fazenda já se transformou em problema social. Pode muito bem ser desapropriada e transformada em estação experimental para a agricultura”, afirmou Simon. O senador criticou ainda o MST, por invadir prédios públicos, e considerou exagerada a reação de Itamar, que ameaçou utilizar a PM contra o Exército.

Sueco-nipônico
A Volvo Penta, integrante da holding da Volvo, anuncia durante a Feira Internacional de Maquinários e Marítimos de Hamburgo (SMM 2000), que começa no próximo dia 26, naquela cidade alemã, que passará a ser a fornecedora exclusiva dos motores da Mitsubishi Motors Diesel. A gigante sueca fornecerá motores Penta até 2.190 cv para a empresa japonesa, que teve sua montadora de automóveis comprada recentemente pela Daimler Chrysler e enfrenta processos por falhas nos veículos que produziu.

Presença feminina
A atual superintendente-geral da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Norma Parente, se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo. Funcionária da autarquia praticamente desde o início das suas atividades, Norma passou apenas um ano e meio desvinculada do órgão.

Liberdade ameaçada
Crescem as tentativas de se impor restrições ao livre exercício de informar e são usados os mais variados argumentos para justificar propostas de emendas constitucionais, projetos de lei, processos cíveis e penais, além de ameaças físicas aos profissionais. A conclusão é do  Relatório Anual ANJ sobre Liberdade de Imprensa, relativo a setembro de 1999 a agosto de 2000, divulgado pela Associação Nacional de Jornais. Uma das ameaças é a impunidade. Os assassinatos de sete jornalistas entre 1995 e 1998 até hoje não tiveram solução. O relatório apontou outra forma de censura mascarada, que tem encontrado amparo na via judicial. “Registram-se como lamentáveis ocorrências contra a liberdade de imprensa as sucessivas sentenças judiciais que, a título de recompor danos morais, penalizam empresas jornalísticas a pagar valores elevados que ameaçam a sua sobrevivência e até determinam o seu fechamento”. A ANJ alerta que é preciso estar vigilante quanto à tramitação, agora no Senado Federal, da chamada Lei Mordaça, projeto de lei de iniciativa do governo federal, enviado ao Legislativo em 1997 e aprovado na Câmara dos Deputados, que parecia ter sido sepultado junto com a derrota sofrida por igual iniciativa na emenda constitucional da reforma do Judiciário.

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Intervenção
Reunidos no XXX Congressos de Jornalistas, em Salvador, representantes da categoria divulgaram documento anunciando a disposição de denunciar a intervenção dos Estados Unidos na Colômbia, “mascarada de combate ao narcotráfico”. E defenderam “a imediata implantação do Conselho Nacional de Comunicação Social”. Previsto na Constituição, o projeto está engavetado há dez anos no Senado. No concentrado mercado do país, o conselho seria um importante passo no processo de democratização dos meios de comunicação.

Dureza
Da vice-presidente de Assuntos de Corporativos da Companhia Siderúrgica (CSN), Sílvia Bastos, reclamando dos salários dos altos funcionários públicos: “É muito difícil viver só com R$ 5 mil.” É a mesma executiva que torceu o nariz quando o governador Anthony Garotinho anunciou a disposição de elevar o salário mínimo no estado para R$ 200.


O descruzamento das participações acionárias entre a Vale e a CSN, ao que parece, não estava marcada apenas por divergências entre Benjamin Steinbruch e outros sócios de peso, como a BradesPar e Previ. O plano estratégico, segundo fontes de mercado, estaria pronto e engavetado. Não deve demorar a aparecer. Outro aspecto que dificultou e postergou a negociação é que, dentro de pelo menos um dos lados da contenda, a união também não era total. As famílias Steinbruch e Rabinovitch, controladoras do Grupo Vicunha, teriam estratégias diferentes para resolver a questão.

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