O número de pedidos de falência na cidade de São Paulo cresceu 28% no primeiro bimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), elaborados com base em informações fornecidas pelos cartórios da cidade.
Neste ano houve 50 pedidos de falência nos dois primeiros meses: 20 em janeiro e 30 em fevereiro. Em 2015 foram 19 em janeiro e 20 em fevereiro, totalizando 39 requerimentos.
Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, os números evidenciam como o empreendedor está sofrendo com a crise, que se aprofundou nesse início de ano.
– Até quando os pedidos de falência continuarão a subir dependerá de quanto tempo a crise vai durar. Portanto, temos que começar a resolver os problemas políticos e econômicos do país o mais rapidamente possível, evitando o prolongamento dessa situação – diz Burti.
Ainda de acordo com o presidente da ACSP, os empresários do comércio varejista devem ficar de olho no fluxo de caixa para evitar a falência.
– O empresário precisa analisar tanto o fluxo de caixa para trás, quanto para frente. Além disso, ele tem que tomar cuidado para não ficar estocado. Acima de tudo, precisa manter a empresa líquida – afirmou Burti, que ainda ressaltou a necessidade de controlar custos, rever contratos e até mesmo encontrar novos produtos para atrair a atenção do consumidor.
Segundo ele, “em casos de grande dificuldade, o empresário pode também procurar um sócio, mas evitar ao máximo contrair novos empréstimos.”
Fluxo de pessoas em shoppings permanece estável em fevereiro
O fluxo de pessoas em shoppings no Brasil em fevereiro ficou estável em relação ao mesmo mês de 2015. Já na comparação com os meses anteriores, o resultado mostra uma tendência positiva, de recuperação, de acordo com o Iflux, indicador específico do mercado de shopping, desenvolvido pelo Ibope Inteligência e pela Mais Fluxo, que revela o grau de aquecimento ou movimentação do setor.
O resultado de fevereiro coincide com uma ligeira melhora observada no índice nacional de confiança do consumidor, que após meses de queda mostra sinais de que o consumidor está mais otimista em relação ao futuro.
Os shoppings que atendem um perfil mais qualificado de clientes, concentrados nos segmentos AB1, mostram-se mais resistentes à crise do que a média dos demais shoppings. Da mesma forma, empreendimentos bem localizados e com posicionamento definido (dominantes e líderes locais) apresentam resultado positivo e superior aos shoppings classificados como secundários, aqueles que não se distinguem da concorrência nos mercados onde atuam.