Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA atingiram um total de 228 mil pessoas na semana passada, uma queda de 13 mil pessoas em relação ao número anterior, de acordo com dados publicados na quinta-feira pelo Departamento do Trabalho.
Na semana que terminou em 26 de abril, os beneficiários do benefício totalizaram 1,879 milhão, uma queda de 29 mil em relação aos 1,908 milhão da semana anterior. No período comparável de 2024, eles eram de 1,786 milhão.
Os principais aumentos ocorreram em Nova Iorque (15.418), Massachusetts (3.301), Geórgia (1.207), Porto Rico (1.012) e Nebraska (570).
Enquanto isso, as quedas mais acentuadas foram registradas em Connecticut (-2.340), Rhode Island (-1.850), Missouri (-1.696), Michigan (-1.436) e Washington (-700).
“Mesmo com as tarifas de Trump encarecendo cadeias produtivas e injetando incerteza nos negócios, o dado de seguro-desemprego mostra uma economia que ainda se segura. Mas o fio é tênue: a confiança empresarial já dá sinais de estresse, e se houver um acúmulo de más notícias, esse cenário benigno pode rapidamente se deteriorar. O Fed, portanto, ganha tempo, mas não pode se dar ao luxo de ignorar os riscos”, avalia Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
Já para Jorge Kotz, CEO do Grupo X, “a queda nos pedidos de auxílio-desemprego para 228 mil surpreende positivamente e reforça a tese de que o mercado de trabalho americano ainda não cedeu à pressão dos juros altos. Mesmo com um cenário externo carregado de incertezas, o dado mostra uma economia que segue girando, sustentada por empresas que resistem em cortar mão de obra após anos de escassez. Isso dá fôlego ao consumo, mas também reduz a urgência por cortes de juros, o que mantém o dólar em patamar elevado.”
Com informações da Europa Press