Pelo futuro do Rio de Janeiro

Desafios ameaçam o comércio no Rio de Janeiro. Violência, desordem urbana e carga tributária exigem ação conjunta para um futuro promissor

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Aldo Gonçalves (Foto: Arthur S. Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)
Aldo Gonçalves (foto de Arthur S. Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)

Sai ano, entra ano, o comércio continua lutando contra velhos problemas, principalmente os relacionados à segurança pública, à desordem urbana e ao peso da carga tributária.

O enfrentamento dessas questões, que geram perdas financeiras e de investimentos, depende da disposição ao diálogo franco e transparente das diferentes esferas do poder público com as entidades representativas do comércio e os demais setores produtivos, para a elaboração e a implementação de ações integradas e eficientes, capazes de proporcionar melhor qualidade de vida à população carioca e fluminense e de garantir um ambiente realmente favorável aos negócios.

A violência em níveis alarmantes atinge toda a sociedade e todos os setores econômicos, em particular o comércio varejista. Neste caso, evidencia-se pelo fechamento de inúmeros estabelecimentos comerciais, pela redução do fluxo de clientes, principalmente em regiões conflagradas, e por tantos indicadores negativos da área de Segurança Pública. À violência soma-se a desordem urbana, outro fator que contribui para a falta de segurança.

A desordem urbana inclui a ocupação das áreas comerciais por ambulantes irregulares; o aumento da população de rua, entre a qual se escondem várias pessoas com antecedentes criminais; e a manutenção insuficiente dos espaços públicos, no tocante à limpeza e à iluminação, entre outros aspectos, que afastam os consumidores.

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Além disso, os estragos causados pelas chuvas recentes foram adicionados aos muitos desafios enfrentados pelos lojistas. Inundações, falta de energia e problemas de mobilidade resultaram em danos materiais e financeiros de toda ordem, prejudicando principalmente os pequenos comerciantes, que, sem dúvida, terão muito mais dificuldades para se recuperarem.

Todos esses problemas são antigos e de conhecimento público. Porém, hoje, a situação é mais grave, mais profunda. Não poupa moradores, trabalhadores nem visitantes, e dificulta enormemente as atividades comerciais. Mais do que nunca, torna-se imperativo que estado e prefeitura trabalhem de modo integrado e estratégico para combater a criminalidade e a desordem urbana.

O momento atual exige maior sensibilidade dos poderes legislativo e executivo, municipais e estaduais, para promover soluções duradouras, com medidas a curto, médio e longo prazos, que auxiliem o comércio a se reerguer diante de tantas vicissitudes.

Nesse contexto, também a revisão de impostos, a criação de incentivos fiscais e a disponibilização de linhas de crédito com condições favoráveis estão entre as principais demandas do setor, que luta para sobreviver, ser competitivo e continuar relevante como gerador de empregos, de renda e de riqueza. Especialmente em um ano de eleições, vale destacar também que candidatos e partidos políticos precisam incorporar em suas propostas ações concretas para enfrentar esses desafios.

Todos esses problemas, enraizados na dinâmica social e econômica do Rio de Janeiro, precisam ser verdadeiramente combatidos para sairmos do círculo vicioso que compromete qualquer perspectiva de futuro promissor.

Aldo Gonçalves é presidente do SindilojasRio e do CDLRio.

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