A multinacional de salgadinhos e refrigerantes PepsiCo registrou um lucro líquido atribuível de US$ 1.834 bilhão nos primeiros três meses de 2025, o que equivale a uma queda de 10,2% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a multinacional, que alertou para o potencial aumento dos custos de sua cadeia de suprimentos como resultado das tensões comerciais e reduziu sua previsão de lucro por ação para 2025.
O lucro líquido da empresa entre janeiro e março chegou a US$ 17.919 milhões, 1,8% a menos em valores absolutos, embora 1,2% a mais em dados orgânicos, que excluem o impacto da taxa de câmbio e as mudanças no perímetro contábil da empresa.
Nos primeiros três meses do ano, a multinacional aplicou um aumento de preços de 3% em média, enquanto os volumes de vendas diminuíram 2%.
Até março, as vendas do negócio de snacks da PepsiCo na América do Norte caíram 0,9%, chegando a US$ 6.213 milhões, enquanto as vendas da PepsiCo Beverages North America permaneceram estáveis em US$ 5.876 milhões.
No caso da Europa, Oriente Médio e África, as vendas da multinacional caíram 2%, para US$ 2.388 bilhões, e 12% na América Latina, para US$ 1.661 bilhão, enquanto na Ásia-Pacífico o faturamento caiu 2%, para US$ 1.022 bilhão.
“Nossos negócios permaneceram resilientes em meio a condições geopolíticas e macroeconômicas cada vez mais dinâmicas e complexas durante o primeiro trimestre”, disse o presidente e CEO da multinacional, Ramón Laguarta, que alertou para uma “maior volatilidade e incerteza” no futuro, especialmente em relação aos desenvolvimentos do comércio global, que “esperamos que aumentem os custos de nossa cadeia de suprimentos”.
“Estamos planejando ativamente medidas de mitigação para lidar com esse aumento nos custos da cadeia de suprimentos sempre que possível, ao mesmo tempo em que procuramos minimizar as interrupções em nossas operações, nossos relacionamentos com clientes e consumidores e a força de longo prazo de nossos negócios”, acrescentou.
Nesse cenário, para 2025 como um todo, a empresa continua a esperar um crescimento orgânico de receita de um dígito baixo, mas agora prevê que o lucro básico por ação em moeda constante permaneça praticamente no mesmo nível do ano passado, quando anteriormente esperava um crescimento médio de um dígito.
O Brasil foi um dos mercados responsáveis pelo crescimento, tanto nos negócios de bebidas quanto de alimentos, onde também apresentou crescimento em volume.
O negócio internacional de snacks reportou um crescimento orgânico de 2%. O crescimento foi impulsionado pelo Brasil, Índia, Egito e Turquia. A PepsiCo ganhou participação de mercado em snacks na China, Brasil, Austrália, África do Sul, Polônia, Espanha, França, Bélgica, Colômbia, Guatemala, Porto Rico e Tailândia. O lucro operacional internacional em moeda constante aumentou 4%, em comparação com o crescimento de 19% no lucro operacional internacional em moeda constante durante o primeiro trimestre de 2024.
O negócio internacional de bebidas também apresentou bom desempenho e registrou crescimento orgânico de 11% na receita. O crescimento foi impulsionado pelo desempenho na China, Índia, Egito, Turquia, México, Brasil, Reino Unido e Austrália. A empresa manteve ou ganhou participação de mercado no Reino Unido, Alemanha, Polônia, Espanha, França, Brasil, Austrália, Coreia do Sul, Paquistão e Vietnã.
“Começamos o ano impulsionando nossas vendas de alimentos e conseguimos contribuir para os resultados globais da empresa. Temos trabalhado para inovar, digitalizar e diversificar os pontos de contato tanto com nossos parceiros comerciais quanto com o consumidor final em todas as regiões do país. Inovações no portfólio no Brasil, como Tostitos, PopCorners e Doritos Dinamita, têm apresentado ótimo desempenho junto aos consumidores. Nossa equipe está fortemente comprometida em aumentar a produtividade operacional e melhorar a eficiência em diversos canais de vendas. Já podemos ver o impacto positivo dessa estratégia”, disse Alexandre Carreteiro, CEO da PepsiCo Brasil e Cone Sul Alimentos.
Já para Ricardo Maldonado, CEO da PepsiCo Brasil e Cone Sul Bebidas, “temos trabalhado para otimizar nossas vendas na América do Sul por meio de estratégias assertivas que estão impulsionando a inovação em nosso portfólio, especialmente Pepsi Black e Gatorade. O primeiro trimestre do ano reflete esse esforço e estamos otimistas com o trabalho que realizaremos ao longo de 2025.”
Matéria atualizada às 16h36, com dados da PepsiCo. Brasil
Com informações da Europa Press
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