Os pequenos negócios responderam, em novembro de 2024, por quase a totalidade dos empregos formais criados no país. Segundo levantamento do Sebrae feito a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as micro e pequenas empresas (MPE) e os microempreendedores individuais (MEI) geraram 102,6 mil vagas de emprego, o que corresponde a 96% das 106,6 mil criadas no conjunto da economia nesse mês.
No acumulado dos 11 meses do ano passado (janeiro a novembro), os dados mostram que as micro e pequenas empresas criaram 65% dos 2,2 milhões de postos de trabalho formais no Brasil, ou seja, cerca de 1,4 milhão de empregos.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, as micro e pequenas empresas são as grandes responsáveis pela geração de emprego e renda e mais uma vez deram provas da sua importância para a economia brasileira.
“Durante todo o ano de 2024, os pequenos negócios foram os grandes campeões na geração de emprego e renda no país. Esses resultados foram alcançados devido às políticas econômicas do governo Lula que protegem a economia dos pequenos negócios. O país apresenta hoje uma taxa de desemprego na ordem de 6,1%, a menor dos últimos 12 anos”, afirma. “Economia é comportamento. E hoje o bom momento da economia estimula o consumo e quem ganha são os pequenos negócios”, complementa Décio Lima.
Já estudo a Korn Ferry revelou que em 2024 os principais motivadores no ambiente de trabalho são salário, horários flexíveis, oportunidades de desenvolvimento e aprendizagem, e estabilidade.
A apuração revelou que 46% dos brasileiros priorizam o pacote de remuneração como forma de escolha, retenção e motivação de seus empregos. Neste pacote, embora seja importante o salário mensal, também são considerados os planos de saúde, vales, bônus e outros benefícios. No âmbito global, o estudo revelou o contrário, sendo a prioridade número um dos trabalhadores ter um horário flexível (38%).
No Brasil, a flexibilidade no horário de trabalho ficou em segunda colocação (38%) e, em terceira opção, as oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento (34%).
O levantamento identificou que o percentual de mulheres que buscam uma remuneração mais generosa (48%) e horários de trabalho flexíveis (43%) é maior que o de homens.
Questionados sobre “se você procurasse um trabalho novo, quais seriam os itens mais importantes que a nova empresa e a nova função poderiam lhe oferecer”, os dados do Workforce Brasil também revelaram as principais prioridades por regiões brasileiras. O Sul (57%) é o local em que mais se prioriza a remuneração, seguido de Sudeste (45%), Nordeste (42%), Norte (40%) e Centro-Oeste (38%). Agora, na apuração sobre flexibilidade no horário de trabalho, ainda sim os estados da região Sul do Brasil se posicionam em primeiro lugar (42%), seguido pelo Sudeste (39%), Nordeste (36%), Centro-Oeste (32%) e Norte (29%).
“Por último, no anseio de conseguir excelentes oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento, a prioridade, por regiões, começa a mudar. O Sudeste ocupa o primeiro lugar (35%), depois Nordeste (34%), Sul (33%), Centro-Oeste (30%) e, por último, o Norte (24%)”, diz o estudo.
Ainda segundo o levantamento, ao menos 55% dos profissionais entrevistados disseram que permaneceriam em um emprego no qual estão infelizes, caso tivessem oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento de carreira.