O Brasil alcançou, no último mês de outubro, a marca de 1,78 milhão de novos empregos gerados desde o início do ano. Desse universo, quase 71% foram criados pelas micro e pequenas empresas, o que corresponde a aproximadamente 1,26 milhão de novos postos de trabalho. Já as médias e grandes geraram 372,4 mil vagas, o que equivale a cerca de 21% do total de empregos. Os dados são de um estudo do Sebrae realizado a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
Considerando apenas o mês de outubro, o levantamento do Sebrae mostra que foram criados pouco mais de 190 mil vagas de trabalho. As micro e pequenas empresas contribuíram com 124,1 mil empregos, o que representa 65,2% do saldo líquido de contratações efetuadas. Enquanto as média e grandes empresas foram responsáveis por 69,8 mil novas vagas, equivalente a 36,7% do saldo.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números mostram, mais uma vez, a força do pequeno negócio e a importância desse segmento para a economia.
“São os empreendedores de pequeno porte que têm sustentado o país. São as pessoas que acordam todas as manhãs e fazem o Brasil se movimentar, distribuindo renda, proporcionando inclusão social e a transformação das vidas de bairros e municípios, em todas as regiões. Pela primeira vez na história o Brasil registrou a marca de 100 milhões pessoas ocupadas. E temos uma das menores taxa de desemprego de 7,6%”.
Já a 9ª rodada da Pesquisa Datafolha, encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi), forneceu percepções sobre o grau de planejamento adotado pelas empresas do setor nos meses de agosto e setembro. A pesquisa revelou três principais estratégias de planejamento: 45% das empresas adotam estratégias de curto prazo, com foco em manter a estabilidade financeira do dia a dia, especialmente as microindústrias, representando 47% desse grupo. Essa abordagem reflete a necessidade de lidar com desafios imediatos; 50% das pequenas empresas optam por estratégias de médio prazo, bem acima da média geral de 34% entre as micro e pequenas indústrias, buscando investimentos para resultados a seis meses. Isso indica uma visão mais ampla do futuro, visando crescimento e expansão. E apenas 17% das empresas optam por estratégias de longo prazo, priorizando a estabilidade e investimentos de longo alcance.
Essa diversidade de estratégias reflete a adaptação necessária em um cenário econômico incerto. A predominância do curto prazo destaca a busca por sobrevivência imediata, enquanto o médio e longo prazo demonstram um compromisso com o crescimento.
Joseph Couri, presidente do Simpi, enfatizou a importância do apoio governamental para enfrentar incertezas econômicas e promover o crescimento sustentável e contínuo nas micro e pequenas indústrias.
As MPIs enfrentam desafios e incertezas econômicas, mas também buscam diferentes estratégias de planejamento para se adaptar a um ambiente em constante mudança. O apoio adequado pode desempenhar um papel crucial no fortalecimento dessas empresas e no estímulo ao crescimento sustentável a longo prazo.
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