Pequenos negócios geraram 71% das vagas de trabalho criadas em 2023

De acordo com estudo do Sebrae feito com dados do Caged, as MPEs contrataram 1,26 milhão de um total de 1,78 milhão de carteiras assinadas

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Emprego, salão de beleza
Salão de cabeleireiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)

O Brasil alcançou, no último mês de outubro, a marca de 1,78 milhão de novos empregos gerados desde o início do ano. Desse universo, quase 71% foram criados pelas micro e pequenas empresas, o que corresponde a aproximadamente 1,26 milhão de novos postos de trabalho. Já as médias e grandes geraram 372,4 mil vagas, o que equivale a cerca de 21% do total de empregos. Os dados são de um estudo do Sebrae realizado a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Considerando apenas o mês de outubro, o levantamento do Sebrae mostra que foram criados pouco mais de 190 mil vagas de trabalho. As micro e pequenas empresas contribuíram com 124,1 mil empregos, o que representa 65,2% do saldo líquido de contratações efetuadas. Enquanto as média e grandes empresas foram responsáveis por 69,8 mil novas vagas, equivalente a 36,7% do saldo.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números mostram, mais uma vez, a força do pequeno negócio e a importância desse segmento para a economia.

“São os empreendedores de pequeno porte que têm sustentado o país. São as pessoas que acordam todas as manhãs e fazem o Brasil se movimentar, distribuindo renda, proporcionando inclusão social e a transformação das vidas de bairros e municípios, em todas as regiões. Pela primeira vez na história o Brasil registrou a marca de 100 milhões pessoas ocupadas. E temos uma das menores taxa de desemprego de 7,6%”.

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Já a 9ª rodada da Pesquisa Datafolha, encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi), forneceu percepções sobre o grau de planejamento adotado pelas empresas do setor nos meses de agosto e setembro. A pesquisa revelou três principais estratégias de planejamento: 45% das empresas adotam estratégias de curto prazo, com foco em manter a estabilidade financeira do dia a dia, especialmente as microindústrias, representando 47% desse grupo. Essa abordagem reflete a necessidade de lidar com desafios imediatos; 50% das pequenas empresas optam por estratégias de médio prazo, bem acima da média geral de 34% entre as micro e pequenas indústrias, buscando investimentos para resultados a seis meses. Isso indica uma visão mais ampla do futuro, visando crescimento e expansão. E apenas 17% das empresas optam por estratégias de longo prazo, priorizando a estabilidade e investimentos de longo alcance.

Essa diversidade de estratégias reflete a adaptação necessária em um cenário econômico incerto. A predominância do curto prazo destaca a busca por sobrevivência imediata, enquanto o médio e longo prazo demonstram um compromisso com o crescimento.

Joseph Couri, presidente do Simpi, enfatizou a importância do apoio governamental para enfrentar incertezas econômicas e promover o crescimento sustentável e contínuo nas micro e pequenas indústrias.

As MPIs enfrentam desafios e incertezas econômicas, mas também buscam diferentes estratégias de planejamento para se adaptar a um ambiente em constante mudança. O apoio adequado pode desempenhar um papel crucial no fortalecimento dessas empresas e no estímulo ao crescimento sustentável a longo prazo.

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