Pequenos negócios geraram mais de 192 mil empregos em setembro

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Salão de cabeleireiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Salão de cabeleireiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)

No mês de setembro, o Brasil criou 278.085 novas vagas de emprego. O resultado foi fortemente influenciado pelas micro e pequenas empresas, responsáveis por 192.463 mil vagas, o que corresponde a 69,2% do total de contratações – de acordo com análise do Sebrae, feita a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado de 2022, o Brasil supera a marca de 2,1 milhões de empregos gerados, sendo as MPEs responsáveis por mais de 1,5 milhão (71,2%). Os números corroboram a queda da taxa do desemprego, que em setembro caiu para 8,7%, segundo o IBGE.

Assim como aconteceu em maio, junho e julho, todos os setores, em todos os portes apresentaram saldos de contratações positivos. Dentre os pequenos negócios, os setores que mais geraram empregos se mantém sendo os de serviços (84.624), comércio (50.675) e construção (27.872). No segmento, o setor de serviços continua sendo a principal força geradora de empregos do país com quase 786 mil (36,6%) postos de trabalho gerados.

O resultado mantém a tendência observada em agosto. No acumulado de 2022, o único estrato que continua com saldo negativo é o setor de comércio das médias e grandes empresas.

Já o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (Iode-PMEs) apresentou crescimento de 1,1% em setembro de 2022 nas atividades financeiras das PMEs, na comparação com o mesmo mês de 2021. Já na análise direta com agosto, o índice recuou 3,9%.

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O período foi marcado pelo bom desempenho do setor industrial (+12,9% frente a setembro de 2021) e, em menor medida, do comércio (+3,8%). Porém, no intervalo, o Iode-PMEs indica queda das movimentações financeiras reais nos setores agropecuário (-14,8%), serviços (-2,7%) e infraestrutura (-2,%).

Além do desaquecimento visto no mercado no decorrer do terceiro trimestre (apenas de 2,2%, avanço mais baixo comparado ao primeiro trimestre de 3,5%), o funcionamento de diversos segmentos deve ser afetado no final do ano pela ocorrência da Copa do Mundo, pois nos dias de jogos da seleção brasileira, espera-se uma interferência no funcionamento das empresas no último bimestre do ano. Os setores mais afetados devem ser as atividades de serviços voltados para empresas (B2B) e indústrias. Ambos os segmentos mostraram um bom desempenho no período recente, o que pode restringir o comportamento do Iode-PMEs como um todo no final do ano. No entanto, a Copa do Mundo também deve estimular mercados específicos do varejo (eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo) e toda a cadeia de comércio e serviços de produtos alimentícios e bebidas.

O final do ano também é marcado por sazonalidades do comércio como a Black Friday e as compras relacionadas à celebração de Natal.

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