As micro e pequenas empresas (MPE) continuam como maiores geradoras de empregos no país. No oitavo mês do ano, as MPE abriram mais de 167,6 mil postos de trabalho, chegando a 72,1% do total de vagas (232.513). O balanço foi feito pelo Sebrae com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No acumulado de 2024, os pequenos negócios respondem por mais de 62% do volume de contratações. O setor de serviços segue na liderança, com mais de 78 mil vagas preenchidas. comércio e indústria da transformação vêm na sequência com 43.105 e 22.936 vagas preenchidas, respectivamente.
De acordo com o Sebrae, “além de o país ter superado os números de 2023, outro fato que merece ser comemorado é o sucesso da empregabilidade das micro e pequena empresa. 72% dos empregos criados em agosto são originários dos pequenos, daqueles que levantam de manhã e nunca desistam. São homens e mulheres, brasileiros e brasileiras, que estão nesse momento nos processos de inclusão e, com entusiasmo, impactando a economia brasileira.”
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade dos Microempreendedores Individuais (MEIs) existentes no Brasil viraram empreendedores por necessidade logo após perder o emprego. Estima-se que existam mais de 15 milhões de MEIs no país atualmente.
A docente de Contabilidade da Unisuam, Tania Ribeiro, destaca que essa situação se torna cada vez mais comum. O desemprego tem levado muitos brasileiros a recorrer ao empreendedorismo como alternativa de sustento. O Sebrae comprova e aponta que 94% dos empreendedores consideram seu negócio a principal fonte de renda. “Diante das dificuldades de encontrar um emprego formal, abrir um pequeno negócio surge como uma oportunidade descomplicada para garantir a subsistência”, afirma Tania.
Os pequenos negócios representam 95% do total de empresas abertas no país e equivalem a 30% do PIB nacional. Dados do Mapa das Empresas do Governo Federal revelam que, em agosto de 2024, foram abertas 374 mil empresas, entre MEIs, Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), indicando um crescimento de 1,81% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram abertas 367.339 microempresas.
Ainda de acordo com o levantamento, muitos desses negócios fecham as portas nos primeiros cinco anos. E são os MEIs, que têm a maior taxa de mortalidade entre os pequenos negócios, chegando a 29%.