Perdidão

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As poções mágicas de Domingo Cavallo estão embotando a capacidade de raciocínio dos integrantes do finado governo Fernando de la Rúa. Em meio aos escombros da crise argentina, o chefe de gabinete presidencial, Chrystian Colombo, tentou justificar sua opção pelo samba de um nota só do ajuste fiscal, alegando que todos os países que desvalorizaram suas moedas ou decretaram moratória “estão pior do que estavam”. Do fundo do poço em que se encontra, Colombo não consegue enxergar as melhoras nas economias de Malásia, Coréia do Sul e do próprio Brasil depois de porem fim à amarra cambial. As limitações a avanços maiores estão na insuficiência do rompimento com o modelo neoliberal, que tem no modelo cambial um dos seus desastres mais visíveis e não o único.

Mister “Butter”
As últimas declarações do economista Guido Mantega, da FGV e ligado ao PT, sobre o acordo do Brasil com o FMI e sobre a manutenção da política de metas de inflação, levantam a suspeita de que a proximidade da luz do poder está derretendo o teor oposicionista de Mantega.

Aliada
A Internet pode atrair o público jovem para a leitura de jornais. Essa possibilidade é aventada por Daniel Barbará, diretor comercial da DPZ Propaganda e presidente do Grupo de Mídia de São Paulo e que vai participar do painel “Retratos e Cenários do Mercado de Jornal e as Perspectivas para o Futuro”, no 3º Congresso Brasileiro de Jornais, dias 13 e 14 de agosto, no Rio de Janeiro. O evento será realizado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), que, nas mesmas datas, promove o 1º Fórum de Editores e uma exposição de produtos e serviços para o meio jornal, no Sheraton Rio Hotel & Towers.

Ineficientes
Um exemplo do jornal The New York Times mostra a vantagem do Brasil na produção de soja em relação aos Estados Unidos: enquanto barcaças carregadas com grãos levam 48 horas para descer o Rio Madeira e descarregar no Porto de Itacoatiara (AM), barcaças com soja de Iowa e Illinois aguardam horas na fila para conseguir chegar a Nova Orleans. No trajeto, passam por uma série de eclusas, construídas há 80 anos, para alcançar o nível do mar. A participação dos EUA na exportação de soja, mesmo com os vultosos subsídios dados aos produtores, caiu 27% nos últimos cinco anos.

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Ligação virtual
A Internet está contribuindo para diminuir as jurássicas barreiras que os Estados Unidos impõem a Cuba. Através do site cubano www.cuba-shop.com, no ar há um ano, pessoas de todo o mundo, incluindo cidadãos norte-americanos – que podem até ser presos se fizerem negócios com Cuba – conseguem comprar produtos daquele país. A Cubanacan, uma empresa estatal do setor turístico, é a encarregada de administrar o site, mas todas as compras são processadas em moeda canadense (dólar canadense) através da companhia Careebe Consolidated Management, com sede no Canadá, e repassadas para a estatal cubana. A loja virtual é popular entre aqueles que buscam desfrutar dos mundialmente famosos charutos cubanos. O site realiza entre 15 e 20 vendas por dia.

Grátis?
Se a Intelig completa ligações como lida com os números, seus assinantes estão enredados em fios desconexos. A empresa está anunciando que os preços de suas ligações para o exterior são dez vezes mais baratos (sic!) do que os da sua concorrente Embratel. Como sabem estudantes de Segundo Grau, uma vez menor é zero. Trata-se, pois, de propaganda enganosa ou fobia a matemática.

Líderes
Apesar do furacão das privatizações na região, as duas maiores empresas da América Latina são estatais. O ranking “As 500 Maiores Empresas da América Latina”, publicado anualmente pela revista AméricaEconomia – Dow Jones, é encabeçado pelas empresas de petróleo PDVSA (Venezuela) e Pemex (México) ambas estatais. As empresas brasileiras mais bem colocadas são Telefônica e Petrobras, respectivamente, em quarto e quinto lugares. Embora as duas sejam são as únicas brasileiras entre as dez maiores da América Latina, o Brasil manteve o maior número de corporações dentro das 500: 192 contra 181 do México e 54 da Argentina. Em 1999 eram 220 brasileiras, 132 mexicanas e 76 argentinas. No mesmo período, a presença das empresas estrangeiras na região subiu de 198 para 220, enquanto a das companhias privadas locais recuou de 267 para 244.

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