Pesquisa revela: 74% dos internautas brasileiros querem se comunicar com empresas via Whatsapp

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Os hábitos dos brasileiros relacionados à troca de mensagens e informações usando a rede continua sendo um dos alvos da atenção e tema de pesquisa do Panorama Mobile Time/Opinion Box – Mensageria no Brasil. Em sua terceira edição, o levantamento traz mais dados importantes para empresas e população em geral.
Dessa vez, os dados obtidos com o estudo levam a uma constatação importante:
– O WhatsApp tem tudo para se transformar em um dos mais importantes canais de comunicação entre empresas e consumidores no Brasil – avalia Felipe Schepers, COO do Opinion Box.
Os novos termos de serviço do app permitem a troca de mensagens comerciais e o mercado aguarda ansioso a disponibilização de uma API para chatbots. A ideia foi recebida com alta receptividade pelos internautas brasileiros. De acordo com a pesquisa, 74% dos usuários ativos mensais do WhatsApp no Brasil têm interesse em se comunicar com marcas ou empresas pela plataforma de mensagens.
Quando questionados sobre quais seriam os temas das conversas com as empresas utilizando o aplicativo, 70,3% mencionaram o desejo de receber promoções; 67,8% almejam a possibilidade de tirar dúvidas ou receber suporte técnico pela ferramenta; e 66% querem comprar produtos e serviços; 1.884 brasileiros que acessam a Internet e possuem telefone celular foram entrevistados respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. As entrevistas foram feitas ao longo do mês de julho de 2016.
A margem de erro é de 2.3 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.

Em carta, Idec pede intervenção da Secretaria do Consumidor – Na última quarta-feira (28), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) encaminhou ofício ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). O documento solicita ao órgão a instauração de um processo administrativo, com o objetivo de garantir o direito à proteção de dados pessoais dos quase 100 milhões de usuários do Whatsapp.
Na semana anterior, o Idec tornou público o relatório “Consentimento Forçado?”, que expõe os problemas sociais e jurídicos da nova política de privacidade do aplicativo. De acordo com o pesquisador em telecomunicações do Instituto, Rafael Zanatta, “ao contrário do que prevê a lei, o WhatsApp falhou em garantir o consentimento livre para coletar e processar um novo conjunto de dados pessoais, desrespeitando o Marco Civil da Internet e o Código de Defesa do Consumidor”.  
Dados da enquete realizada pelo Idec, entre os dias 8 a 21 de setembro, reforçam a percepção dos consumidores sobre tais mudanças. Para 63,5% deles os termos de uso do aplicativo são injustos, pois “o WhatsApp protegia a privacidade e não há como escolher o que compartilhar com o Facebook”. Já 25,7% dos participantes afirmaram que os termos são confusos, indicando que a empresa não soube explicar, de forma didática e compreensível, o que seria compartilhado.
No ofício, o Instituto também solicita a suspensão de atividades de coleta e compartilhamento de dados entre WhatsApp e Facebook, tal como aconteceu na Alemanha.
– O Brasil é um dos maiores afetados por tais mudanças. Temos quase o triplo de usuários a mais que a Alemanha, onde houve determinação de bloqueio do compartilhamento de dados do WhatsApp com as empresas do grupo econômico Facebook, que inclui empresas de análise de dados e publicidade comportamental – reforça Zanatta.
Com base no Código de Defesa do Consumidor, o Idec também pediu a instauração de “concurso de órgãos e entidades de notória especialização técnico-científica” para auxiliar o DPDC na avaliação de infração de direitos coletivos nos novos termos de uso do WhatsApp.
O Instituto aguarda notificação dos pedidos encaminhados ao órgão e reforça a competência legal, da Senacon, para a proteção dos direitos coletivos e a garantia do direito dos consumidores no uso de aplicações de internet no país.

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