Petrobras compra cinco supercomputadores para processar dados sísmicos

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Código binário (Foto: Carsten Mueller/Freeimages)
Código binário (Foto: Carsten Mueller/Freeimages)

A Petrobras anunciou a aquisição de cinco novos supercomputadores com investimento total de R$ 500 milhões. Uma das máquinas, com capacidade de processamento equivalente a cerca de 10 milhões de celulares e 200 mil notebooks, custará R$435 milhões. Com a aquisição a companhia prevê manter a liderança não só em capacidade computacional como em ecoeficiência. As máquinas começarão a ser montadas este ano e entrarão em operação em 2025. Os supercomputadores foram comprados da Lenovo, empresa vencedora da licitação.

“A aquisição dos supercomputadores tem enorme importância estratégica para a Petrobras, pois mantém a empresa na vanguarda tecnológica do setor de óleo e gás, em relação ao imageamento sísmico em subsuperfície. Com essa atualização, poderemos expandir a realização de projetos de processamento sísmico com tecnologias em estado-da-arte”, avalia Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras.

O novo HPC será utilizado pelos geofísicos da Petrobras para processar dados sísmicos brutos e transformá-los em imagens detalhadas do subsolo. É como criar um mapa 3D das camadas rochosas abaixo da superfície com imagens muito mais nítidas e precisas das estruturas geológicas, essenciais para identificar possíveis reservatórios de petróleo e gás.

Segundo Sylvia, a renovação e ampliação da capacidade de processamento de dados geofísicos e geológicos trará resultados mais rápidos e precisos para os desafios de operação em águas ultra profundas e novas áreas exploratórias, como o pré-sal e a Margem Equatorial.

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“Com imagens mais detalhadas da subsuperfície podemos identificar com maior precisão áreas potenciais, reduzir risco exploratório, refinar a simulação do comportamento dos reservatórios, possibilitando uma produção mais eficiente. Manter-se entre as maiores capacidades computacionais da indústria permite à Petrobras competir globalmente, atrair parcerias e oportunidades de negócios”, acrescenta Clarice Coppetti, diretora de Assuntos Corporativos.

Gigante

Segundo a Petrobras, a renovação dos supercomputadores faz parte da estratégia da empresa para manter o parque tecnológico atualizado, cujos investimentos estão previstos no Plano Estratégico 2024-28. O HPC gigante pesará cerca de 50 toneladas, com comprimento de 50 metros, considerando-se todas as partes em linha reta. O supercomputador terá cerca de 73 PFlops. Um Petaflop (PFlop) equivale a 1 quatrilhão de Flops, ou operações por segundo, na sigla em inglês. Quando a instalação estiver completa, ele substituirá, sozinho, os HPCs Fênix, Atlas e Dragão, que serão desligados.

O novo e maior supercomputador deverá ser o mais ecoeficiente da América Latina, com enorme poder de processamento em relação à energia consumida. Houve atenção à sustentabilidade, desde o desenho inicial do supercomputador, e às escolhas das tecnologias

mais eficientes. A preocupação com o uso de energia guiou também o projeto da sala onde a máquina será instalada, projetada especificamente para permitir a operação com o menor consumo energético.

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