O Centro de Pesquisa e Inovação da Petrobras (Cenpes) divulgou que desenvolveu um projeto de mapeamento digital de solos. A petroleira diz que já conseguiu mapear uma área de 18.700 km² (equivalente a 85% do território de Sergipe). Inicialmente realizado nos campos de Urucu, Juruá e Araracanga, no Amazonas, o mapeamento foi estendido também para o Recôncavo Baiano, uma das principais áreas de exploração petrolífera no Nordeste.
Para realizar esse trabalho de mapeamento digital, a equipe do Cenpes criou um algoritmo que permite, a partir do estudo de uma área menor, extrapolar o mapeamento para um território extenso com o uso de ferramentas digitais. Com essa nova metodologia, o custo do mapeamento foi reduzido em 16 vezes – e a metodologia pode ser replicada em outras áreas.
“Com o mapeamento, é possível identificar as áreas onde a construção causa menos impacto e definir rotas para monitoramento das instalações de produção, fortalecendo a prevenção de acidentes”, relatou a Petrobras.
A Petrobras afirma que uma contribuição da pesquisa foi o mapeamento do estoque de carbono em ambientes onde ainda existem lacunas de conhecimento, como no solo da floresta e em áreas alagadas, revelando dados inéditos sobre o carbono nestes ambientes. “Estes dados ajudarão a companhia no cálculo do sequestro de carbono em áreas preservadas ou recuperadas, contribuindo para a melhor quantificação do benefício climático dessas ações e a possível conversão em créditos de carbono”.