Petrobras fica mais vulnerável a crises se vender Gaspetro

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A Petrobras reabriu o processo de venda de sua participação na Petrobras Gás S/A (Gaspetro), da qual detém 51%; os 49% restantes são de propriedade da Mitsui Gás e Energia do Brasil. A operação faz parte do Programa de Desinvestimentos previsto no Plano de Negócios e Gestão da Petrobras. A Gaspetro possui participação acionária em 19 empresas de distribuição de gás natural das 27 constituídas no país.

A fase de análise e habilitação de potenciais compradores se estenderá até 15 de maio, segundo nota divulgada pela Petrobras.

A Gaspetro é uma holding com participação societária em diversas companhias distribuidoras de gás natural, localizadas em todas as regiões do Brasil. Em 2019, o volume total de gás distribuído foi de 29 milhões de metros cúbicos por dia, atendendo cerca de 500 mil clientes por meio de uma rede de distribuição de mais de 10 mil quilômetros de gasodutos.

O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), Felipe Coutinho, tem alertado que o foco em exploração e produção de petróleo (E&P) e na exportação de petróleo cru compromete o futuro da Petrobras, além de afetar a garantia energética do país e dificultar a apropriação e distribuição da renda petrolífera para amplos e diversos segmentos da economia nacional.

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Atividades como distribuição de gás deixam as petroleiras mais resilientes em momentos de queda nos preços do barril de petróleo, como ocorre atualmente.

As receitas globais de empresas de exploração e produção (E&P) devem recuar em cerca de US$ 1 trilhão neste ano. O cálculo foi feito pela consultoria norueguesa Rystad Energy. No ano passado, as receitas dessas petroleiras concentradas em E&P somaram US$ 2,47 trilhões em 2019, mas a nova análise feita pela empresa estima que esse número chegará a US$ 1,47 trilhão, uma queda de 40%.

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