Petrobras quer vender o dobro do que investirá

105

Estatal tem caixa para 30 meses, mas ainda assim fará desinvestimento maior

A Petrobras tem uma carteira de ativos de US$ 42 bilhões que podem ser vendidos, segundo o diretor Financeiro da companhia, Ivan Monteiro. O valor é duas vezes maior que a meta de se desfazer de US$ 21 bilhões de ativos no biênio 2017/2018. Esta, por sua vez, é maior que os US$ 19 bilhões em investimentos previstos para 2017. A produção de petróleo no país subiu 0,75% em 2016, um recorde.
O diretor Ivan Monteiro disse que a petrolífera tem atualmente US$ 22 bilhões em caixa, montante suficiente para “total tranquilidade para os próximos dois anos e meio”. Segundo ele, o valor atual não inclui o dinheiro proveniente da venda de ativos em 2016 e nem as operações que serão feitas em 2017. “Se a Petrobras não fizer nada nos próximos dois anos e meio, ela tem caixa suficiente para fazer frente ao serviço da dívida”, admite.
Apesar disso, a estatal mantém a meta de desinvestimento. Entre os ativos que a empresa quer colocar à venda estão a Braspetro e a participação da Petrobras na Brasken, braço petroquímico em associação com a Odebrecht. Porém, a Petrobras está impedida de vender alguns dos ativos por causa de questionamentos feitos pelo Tribunal de Contas da União (TCU), no ano passado. A direção da empresa espera esclarecer os questionamentos após o recesso do tribunal.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, negou que esteja contratando apenas empresas estrangeiras para retomada das obras da Unidade de Gás, instalada no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), como informou nesta terça-feira a coluna Fatos & Comentários. A participação nacional, contudo, só ocorreria em associação com companhias de fora. Parente afirmou que as empresas estrangeiras geram emprego e renda no país. O valor da obra gira em torno de R$ 2 bilhões.

Espaço Publicitáriocnseg

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui