Petrobras reajustará preços de diesel nesta terça-feira

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Bomba de diesel (Foto: divulgação)
Bomba de diesel (Foto: divulgação)

O preço médio de venda de diesel da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro a partir desta terça-feira. A estatal justificou o aumento: “O balanço global de diesel está impactado por uma redução da oferta frente à demanda. Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras. Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo”.

Para o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (Fup), Deyvid Bacelar, Bolsonaro debocha do povo brasileiro ao esconder que o único responsável pelos aumentos absurdos nos preços dos combustíveis é ele mesmo. “A equivocada política de Preço de Paridade de Importação (PPI) é obra nefasta do Executivo. Ou seja, o PPI não é fixado por lei, como quer fazer crer o presidente da República. O PPI foi criado por Michel Temer em outubro de 2016 e mantido por Bolsonaro”, disse. O sindicalista acrescenta que o foco da Petrobras hoje é gerar e distribuir valor para acionistas. Mais de 45% são investidores estrangeiros, com ações da Petrobras nas bolsas de São Paulo e de Nova Iorque.

Segundo ele, de janeiro de 2019 a 9 de maio de 2022 a gasolina, nas refinarias, subiu 155,8%, o diesel 165,6% e o GLP 119,1%, levando o preço médio do botijão de gás de 13 quilos para acima de R$ 120,00. O novo aumento do diesel anunciado nesta segunda-feira é mais uma medida com impactos cruéis sobre a inflação e que contribui ainda mais para a explosão dos preços da comida dos brasileiros.

Bacelar afirma que Bolsonaro mente quando diz não poder mudar o PPI, política que reajusta preços do acordo com a variação do petróleo no mercado internacional, oscilação cambial e custo de importação, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo. “A Petrobras não é forçada a utilizar o PPI. Bolsonaro não muda a política de reajustes porque não quer desagradar acionistas privados, que têm no PPI a garantia de altos lucros gerados pela estatal, cuja diretoria é nomeada pelo próprio presidente da República”, diz o sindicalista.

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“A estratégia da Petrobras, sob a vigência do PPI, está ancorada na geração de caixa com objetivo de ampliar a distribuição de dividendo. Com sua política de pouco caso com o brasileiro”, frisou Bacelar.

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