Os empresários do setor de construção naval esperam que o novo presidente da Petrobras seja mais sensível às demandas das empresas brasileiras. “O nosso segmento sofre consequências negativas com a política de importação que foi implementada na gestão do Pedro Parente na Petrobras”, critica Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval, sindicato nacional que congrega estaleiros e companhias da área. O conteúdo local era uma das maiores fonte de atritos entre o setor e o presidente que se foi. A estatal, sob comando de Parente, privilegiou encomendas no exterior. Rocha está na esperança de que Ivan Monteiro “não veja o mercado nacional como inimigo e que esteja aberto ao diálogo”.
Herança maldita
A Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) não poupou críticas a Pedro Parente. “Saiu sem explicar por que a Petrobras, sob seu comando, vinha praticando preços internacionais para os combustíveis, não obstante produzir e refinar petróleo no Brasil”, diz a entidade, em nota.
“Também não esclareceu a operação de venda da Liquigás, do setor GLP, vetada pelo Cade, e a venda de mais de 2.000 km de gasodutos, com comprovados prejuízos para a companhia.” (…) “Por que vender ativos valiosos, sem concorrência, em negociatas diretas, ao arrepio da lei, ao mesmo tempo em que a empresa mantém em caixa somas astronômicas, sempre superiores a US$ 20 bilhões?”, questiona a Aepet.
“Queremos livrar a Petrobras da herança deixada por Pedro Parente, sua política de preços antinacional e seu plano de negócios entreguista e privatista”, finaliza a Associação.
Torrando um campo
Para comparar e pensar: os R$ 9,5 bilhões que o governo concederá de subsídios aos acionistas da Petrobras e aos importadores de óleo diesel (só este ano, e sem contabilizar a renúncia fiscal) equivalem aos US$ 2,5 bilhões que a estatal norueguesa Statoil pagou para levar a fatia da companhia brasileira no campo de Carcará, no pré-sal; um pouco menos que os US$ 2,9 bilhões que a mesma empresa da Noruega desembolsou para ficar com 25% do campo de Roncador; ou 16% de todos os benefícios creditícios contabilizados pela União em 2017.
S na mira
O plenário do TCU aprovou auditoria para averiguar a arrecadação direta e indireta das entidades do Sistema S, em 2017. O pedido partiu do Senado Federal. Essas entidades possuem personalidade jurídica de direito privado, mas recebem contribuições parafiscais, o que as sujeitam à fiscalização da Corte de Contas. O levantamento tem prazo de 60 dias para terminar e atingirá 229 unidades – incluindo o Sebrae. O relator é o ministro Benjamin Zymler.
Meu pirão primeiro
As empresas jornalísticas comemoram terem ficado de fora da lei sancionada pelo presidente Michel Temer que voltou a cobrar INSS para diversos setores que estavam beneficiados pela desoneração. Com a manutenção da desoneração, os jornais poderão continuar com o recolhimento da contribuição previdenciária de 1,5% sobre a receita bruta. O benefício permanece até 31 de dezembro de 2020.
O setor está entre os que demitiram nos últimos anos.
Rápidas
Para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Fiesp organiza sua 20ª Semana do Meio Ambiente centralizada nos Sistemas de Logística Reversa de produtos e embalagem em operação no Brasil – resultados e gargalos. Detalhes em http://hotsite.fiesp.com.br/meioambiente/2018/homologacao/index.html *** Terminam nesta terça-feira as inscrições para os concursos públicos da Marinha, com 22 vagas. Em www.ingressonamarinha.mar.mil.br *** Na quinta-feira, o cantor Rik Oliveira se apresenta no Américas Shopping, às 20h, dentro do projeto Bar MPB. No dia seguinte, o Caxias Shopping recebe a cantora Anna Lima, com sucessos do forró e sertanejo universitário, a partir das 19h30 *** Estão abertas as inscrições para o curso “Escrituração Digital das Retenções, CPRB e Outras Informações”, oferecido pela 3ª Seção Regional do Ibracon, quarta e sexta próximas, no Rio de Janeiro (RJ). www.ibracon.com.br *** Levantamento realizado pelo Paraty Convention & Visitors Bureau (Paraty CVB) mostra que a contribuição voluntária para o turismo sustentável do município cresceu 250% desde outubro de 2017, quando foi iniciado o projeto Contribuição ao Turismo Sustentável.