Petrobras volta a investir e anuncia exploração na Colômbia

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Plataforma no campo de Papa-Terra (foto Petrobras)
Plataforma no campo de Papa-Terra (foto Petrobras)

Poucos dias depois de reportar um lucro de R$ 188,3 bilhões no ano passado, o maior da história da empresa, ser alvo de críticas pelo montante repassado a seus acionistas (de R$ 215,8 bilhões), a Petrobras começou a semana anunciando investimentos e novos projetos.

Nesta segunda-feira, a estatal informou a assinatura com a Equinor (estatal norueguesa de petróleo) de uma carta de intenções sobre a avaliação da viabilidade econômica e ambiental de sete parques eólicos offshire e nesta terça-feira, a Petrobras anunciou investimentos voltados às atividades de exploração previstos para os próximos cinco anos da ordem de US$ 6 bilhões (cerca de R$ 31 bilhões), com foco principal em sustentabilidade, tanto econômica quanto ambiental.

A estratégia da companhia favorece os seus novos projetos de exploração, tais como os que serão implementados na Margem Equatorial brasileira e no bloco de Tayrona, na Colômbia, este último voltado à produção de gás. Essas informações foram apresentadas pelo diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, em sua participação no painel “Latin American Upstream: Competitiveness in global markets”, apresentado nesta terça-feira, na CERAWeek 2023, uma das maiores feiras de óleo e gás do mundo, sediada em Houston (EUA).

O início da fase de exploração na Margem Equatorial, que vai do Amapá até o Rio Grande do Norte, aguarda o licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que pode ocorrer ainda no primeiro trimestre deste ano. “A Margem Equatorial representa para nós um prospecto promissor, bem como um ativo que poderá contribuir para a segurança energética do país”, declarou Fernando Borges. A Petrobras prevê investir US$ 2,9 bilhões na Margem Equatorial, nos próximos anos, o que representa 49% do total que será investido nas atividades de exploração.

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Outra área prioritária para a Petrobras, citada por Fernando Borges no evento, é o bloco Tayrona, na Colômbia. O diretor explicou que a companhia encontrou gás natural no local, por meio do poço exploratório Uchuva-1, perfurado em águas profundas da Colômbia, a 32Km da costa e a 76 Km da cidade de Santa Marta, em uma lâmina d’água de aproximadamente 830 metros. A Petrobras é operadora do bloco (participação de 44,44%), em parceria com a Ecopetrol, com a participação de 55,56%.

O painel do qual Fernando Borges fez parte abordou os desafios da indústria de energia na América Latina, tais como o aumento da competitividade e a crescente necessidade de redução de carbono por parte das empresas de energia no mercado global, dentre outros temas.

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