Petrobras volta a negociar com a SBM Offshore

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A Petrobras informa que iniciou negociações com a empresa SBM Offshore N.V. (SBM) para contratação do afretamento do FPSO – floating production storage and offloading (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo) Almirante Tamandaré, a ser instalado no campo de Búzios, na Bacia de Santos.

O SBM Offshore N.V., que é um grupo empresarial holandês fornecedor de navios-plataforma, em 2017 fechou um acordo para pagar US$ 240 milhões ao Ministério Público da Holanda por causa de “pagamentos indevidos”, que seriam subornos pagos a agentes públicos no Brasil e na África. Na época foi acusadoControladoria Geral da Umião ( por um ex-funcionário de pagar propina para pessoas ligadas à Petrobras. “Nós investigamos pagamento de propina. Temos elementos suficientes que caracterizam isso”, disse o ministro da CGU), Jorge Hage,

O FPSO Almirante Tamandaré será o sexto sistema de produção do campo de Búzios, com entrada em produção prevista para o segundo semestre de 2024. Será a maior unidade de produção de petróleo a operar no litoral brasileiro e uma das maiores do mundo, com capacidade de processamento diário de 225 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás.

A contratação da SBM ocorrerá de forma direta, em acordo com a lei 13.303/16. A Petrobras monitora constantemente o mercado mundial de FPSOs e identificou que, neste momento, apenas a SBM tem capacidade de atender aos requisitos técnicos, operacionais e de disponibilidade da companhia.

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As outras duas unidades a serem instaladas em Búzios, os FPSOs P-78 e P-79, serão contratadas por licitação, na modalidade Engineering, Procurement and Construction (EPC). O processo de contratação já está em curso e participam dele as empresas vencedoras da pré-qualificação pública realizada pela Petrobras. As plataformas terão capacidade para processar diariamente 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de m3 de gás, e a expectativa é de que entrem em operação em 2025.

Estas duas unidades são resultado da estratégia da Petrobras de desenvolver novos projetos de plataformas próprias, incorporando as lições aprendidas nos FPSOs já instalados no pré-sal, incluindo aspectos de contratação e construção.

Mace, um cidadão do Reino Unido, que deixou a posição CEO da SBM Offshore em dezembro de 2011, confirmou que havia conspirado para violar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior dos EUA, por meio do envolvimento em um esquema para subornar funcionários do governo estrangeiro no Brasil, Angola e Guiné Equatorial.

Ao Departamento de Justiça dos EUA, também admitiu que, antes de se tornar CEO, outros funcionários da SBM Offshore entraram em um acordo para pagar subornos a funcionários estrangeiros. Estes incluíram funcionários da Petrobras, a companhia petrolífera estatal brasileira, a petrolífera estatal angolana, a Sonangol e a petrolífera estatal Petroléos de Guinea Equatorial (GEPetrol).

 

 

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