Projetos robustos com tecnologia nacional já deveriam ter sido apresentados e submetidos à aprovação do Conselho de Administração (CA) da Petrobras. A afirmação é do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. “A Petrobras deve ser a mola propulsora da transição energética no país, investindo em projetos próprios e alavancando novos investimentos. A neoindustrialização passa por projetos como esses”, afirma Bacelar, esperando que o CA da Petrobras reforce a cobrança dos petroleiros.
Segundo ele, os combustíveis verdes, as refinarias verdes, estão à espera da definição desses projetos para novos investimentos. “A Transpetro, por exemplo, já tem demanda de combustíveis verdes para seus navios; o mesmo em relação à Vale, que busca o novo insumo para sua logística ferroviária”, completa o dirigente da FUP.
Bacelar alerta para a demora da diretoria de transição energética da Petrobras em apresentar projetos para o setor, e espera que o conselho de administração da empresa – cujos nomes de integrantes estão em fase de avaliação interna da estatal – cobre da companhia resultados nesse sentido. Para Bacelar, a morosidade tem explicação na estrutura organizacional da nova diretoria, que colocou em cargos de gerência executiva pessoas que travam o processo.
“Na diretoria de transição energética, justamente a diretoria criada pelo presidente Jean Paul Prates para cumprir programa prioritário do governo, tem gente atrapalhando esse processo”, afirma ele.
“Cobramos do diretor de transição energética, Maurício Tolmasquim, que a área apresente projetos. Não se trata de transição justa somente via a redução de emissão de carbono em atividades internas que a Petrobras já tem, como em produção de petróleo e gás, refino e outras. Queremos, sim, novos projetos de investimento em energias renováveis e com baixa pegada de carbono”, diz Bacelar.
A FUP cobra também o afastamento de pessoas que estão na estrutura da Petrobras, “principalmente na diretoria de transição energética, que ocupam cargos executivos, e que não concordam com o programa do governo do presidente Lula. Que sentido faz essas pessoas continuarem na estrutura da diretoria? É óbvio que projetos ficam travados. Já vai completar um ano em abril e até agora a diretoria de transição energética não apresentou nada de relevante”, acrescenta o coordenador da Federação.
Ele observa que a questão não é falta de recursos. Ao contrário. A Petrobras ampliou recursos financeiros para a área; o que falta, porém, é apresentar projetos. O plano estratégico 2024/2028 destinou entre 9% e 15% do Capex da empresa para investimentos em transição energética, contra os modestos 0,5% determinados em planos dos últimos anos.
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