PF deflagra operação com apoio da Febraban

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Sede da Polícia Federal em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Sede da Polícia Federal em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Nesta terça-feira, a Polícia Federal deflagrou a Operação Não Seja um Laranja!, com apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em 13 estados e no Distrito Federal. Com mandados de busca, policiais federais e civis apreenderam em todas as regiões do país bens de pessoas que cederam contas pessoais para receber recursos desviados de golpes e fraudes contra clientes bancários, utilizando engenharia social. O montante de fraudes bancárias eletrônicas investigadas totaliza R$ 18,2 milhões.

É a primeira vez que é feita uma operação de caráter nacional para coibir esse tipo de crime e terá continuidade. A operação faz parte do Convênio Tentáculos, o Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e a Febraban assinado em outubro de 2017, e que passou a ser ao longo dos anos uma referência interna e externa de cooperação Público/Privada no combate às fraudes bancárias eletrônicas.

As buscas e apreensões estão previstas na Lei 14.155, que prevê punições severas para fraudes e golpes cometidos em meios eletrônicos. O texto alterou o Código Penal brasileiro para agravar penas como invasão de dispositivo, furto qualificado e estelionato praticados em meio digital, além de crimes cometidos com o uso de informação fornecidas por alguém induzido ao erro pelas redes sociais, contatos telefônicos, mensagem ou e-mail fraudulento.

As penas podem chegar até oito anos de prisão, mais multas, e ainda serem agravadas se os crimes forem praticados com o uso de servidor mantido fora do Brasil, ou ainda se a vítima for uma pessoa idosa ou vulnerável.

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Entre as ações criminosas que serão punidas com a lei estão as fraudes através de transações digitais, além dos golpes, como o da clonagem do WhatsApp, do falso funcionário de banco (quando o fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário de uma instituição financeira), e os golpes de phishing (quando criminosos tentam obter dados pessoais do usuário através de mensagens e e-mails falsos que o induzem a clicar em links suspeitos).

Segundo relatório anual da Appgate, intitulado “Fraud Beat” e que reúne os mais recentes dados de cibersegurança do setor, uma das principais preocupações de empresas e governos globalmente, o ransomware segue chamando a atenção. De acordo com o levantamento, estima-se que os custos com ransomware cheguem a US$ 265 bilhões até 2031 – apenas em 2021, mais de 700 milhões de ataques do tipo foram registrados. O documento revela também que na América Latina o custo médio de uma violação de dados foi estimado em US$ 2,56 mi no ano passado, um aumento de 52% em comparação com 2020.

O estudo destaca também o phishing como o principal tipo de violação desde o começo da crise de saúde da Covid-19. O relatório revela que as ocorrências do gênero respondem por mais de 80% dos incidentes de segurança reportados, com 74% das organizações dos EUA tendo registrado um ataque bem-sucedido de phishing.

Outro método muito utilizado para a realização de cibercrimes, o roubo de credenciais também tem escalado e segue como tendência. Os ataques móveis, concentrados em celulares e aplicativos, continuam na lista de preocupações, uma vez que os usuários gastam muito de seu tempo online, abrindo caminho para técnicas criminosas que infectam os dispositivos e roubam dados importantes e sensíveis.

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