O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta, afirmou hoje que a Polícia Federal já lavrou 1.261 autos de prisão e apreensão em decorrência dos atos golpistas que ocorreram no último domingo, em Brasília. Até o início da noite de ontem, eram 727 presos segundo a PF.
“O momento que estamos atravessando faz com que qualquer gesto que contrarie a democracia seja punido com o rigor da lei”, destacou Pimenta em seu Twitter.
A PF informou que, na segunda-feira, mais de 1,5 mil pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos foram conduzidas para a Academia Nacional de Polícia, em Brasília, após a determinação do Supremo Tribunal Federal. Na decisão, o magistrado mencionou sete crimes que podem ter sido cometidos pelos militantes bolsonaristas, incluindo crimes contra o Estado Democrático de Direito e a soberania nacional.
Por questões humanitárias, 599 detidos foram liberados. O grupo incluía idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua, pais e mães acompanhados de crianças.
A Advocacia-Geral da União criou o Grupo Especial de Defesa da Democracia (GEDD) para acompanhar as apurações e investigações relacionadas aos atos de domingo. A portaria que cria o GEDD está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira.
De acordo com a portaria, assinada pelo advogado-geral Jorge Messias, caberá também ao grupo ajuizar ações judiciais e adotar medidas para a preservação e o ressarcimento dos danos ao patrimônio público decorrentes desses atos antidemocráticos.
A portaria estabelece ainda que são objeto de atuação do grupo os pedidos de quebras de sigilos bancário, fiscal, telefônico ou de dados e demais medidas cautelares; as ações de improbidade administrativa, inclusive quando tratarem apenas de ressarcimento; e o compartilhamento de prova em ações penais, inquéritos ou processos administrativos relacionados aos fatos, entre outros.
Com informações da Agência Brasil