O Produto Interno Bruto (PIB, indicador da economia de um país) da Argentina contraiu 1,7% ano a ano no segundo trimestre de 2024, acumulando uma queda de 3,4% nos primeiro semestre do ano em relação a igual período de 2023, informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) nesta quarta-feira.
O declínio da atividade econômica aprofundou-se entre abril e junho, caindo também 1,7% face ao primeiro trimestre de 2024, em termos dessazonalizados (que levam em conta as especificidades de cada trimestre, como número de dias úteis, por exemplo), detalhou o Indec.
Na medição trimestral interanual, o setor de atividade mais impactado pela recessão foi o investimento, que desabou 29,4%, enquanto as importações caíram 22,5%, e o consumo privado e público caíram 9,8% e 6%, respectivamente.
Entre os itens que apresentaram maior contração estão construção, com queda de 22,2%; seguida pela indústria transformadora, com 17,4%; comércio atacadista e varejista, com 15,7%; intermediação financeira, com queda de 9,8%; e hotéis e restaurantes, com retração de 4,5%.
Em contrapartida, a agricultura, a pecuária, a caça e a silvicultura cresceram 81,2%; seguida pela pesca, que avançou 41,3%; e pela exploração de minas e pedreiras, com alta de 6,6%. Outras rubricas como a eletricidade, o gás e a água e os transportes e comunicações avançaram 2,8% e 2,2%, respectivamente.
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O tombo na formação bruta de capital fixo (FBCF, que reflete os investimentos) é explicado pela queda de 30,7% nos investimentos em construção, pela redução de 3,3% em outras construções, pela retração de 30,2% em máquinas e equipamentos e pela queda de 39,6% em equipamentos de transporte.
Dados oficiais preliminares revelam um prolongamento da recessão na Argentina em meio às políticas de ajustamento fiscal levadas a cabo pelo governo do presidente Javier Milei.
De acordo com uma recente pesquisa de mercado realizada pelo Banco Central da República Argentina, o PIB do país cairá 3,8% este ano.
Com informações da Agência Xinhua