Pinto alerta

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Com a experiência de quem é do ramo e já dirigiu, no Brasil, a Varig, o presidente da voadora portuguesa TAP, Fernando Pinto, alertou para o risco de alta das tarifas nos aeroportos embutido na possibilidade de o governo privatizar a área. Pinto lembrou que, como aeroporto é monopólio, a passagem da administração do segmento para o setor privado carrega o risco de os concessionários “cobrarem o quiserem”: “Quer voar para cá, tem de pagar”, resumiu o executivo. A presidente Dilma deveria ouvir o Pinto.

A segunda morte de Geronimo
A opção dos marqueteiros do presidente Barack Obama de batizar de Geronimo a operação que resultou na proclamada eliminação de Osama bin Laden há de mobilizar ONGs defensoras de minorias. Elas, certamente, vão protestar pela referência ao nome do líder apache que penou 22 anos na masmorra, na qual morreu, em 1909, por se recusar a aceitar os acordos que impunham fortes limites à extensão das reservas indígenas, invadidas pelas tropas do exército estadunidense.
Que 102 anos depois da morte de Geronimo o Governo dos Estados Unidos decida associar o nome do líder indígena ao terrorismo, não é apenas caso continuado de tentar reescrever a história e revelador do caráter profundamente etnocêntrico e intolerante da elite daquele país. Trata-se ainda de projetar nas suas vítimas os eternos delírios autoritários e genocidas de seus algozes.

Ditabranda
Talvez a relação umbilical com a ditadura brasileira explique a escolha do eufemismo. Mas grande parte da mídia tupiniquim, principalmente, a televisiva, optou por apelidar de “maus tratos” a prática sistemática de tortura no campo de concentração mantido pelos Estados Unidos em Guantanamo. O constrangimento é maior quando, na briga interna para ver que se apresenta como mais belicista, republicanos, principalmente, os que continuam instalados no Governo Barack Obama, aproveitaram a proclamada execução de Osama bin Laden para justificar uso dessa prática abominável, alegando ter sido ela a responsável pela localização do terrorista.

Os informantes
Além de exporem seu caráter fascista, os defensores da tortura como método de interrogatório mostram subestimar a inteligência alheia. A não ser os mais ingênuos ou os que acreditam na ressurreição do Super-Homem acreditam que qualquer ação nesse sentido não tenha como informantes integrantes dos setores de inteligência do Paquistão, remunerados ou não, pelo serviço.

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Cineminha
Quantas versões o Governo Barack Obama e a mídia estadunidense ainda vão produzir sobre a anunciada morte de Osama bin Laden? Pelo andar da carruagem, o número de narrativas vai superar o da franquia Rambo, que, em sua segunda edição, rendeu homenagem a Osama como um dos “Combatentes da Liberdade”.

Marcação
Um “jornalão” do Rio conseguiu gastar uma página inteira sobre o Piscinão de Ramos – que pode abrigar treinamentos para as Olimpíadas – sem citar o governador que o criou, Antonhy Garotinho. Mas conseguiram incluir no texto o atual governador, de forma que pode até confundir um leitor mais desatento.

É o barril, estúpido
As ações do setor petrolífero responderam por boa parte da queda do índice da Bolsa de São Paulo nesta quinta, novamente. Petrobras perdeu 3,35% e OGX, 4,27%. Como a segunda, até onde se sabe, é uma empresa privada, cai por terra o blá-blá-blá ideológico que procura atribuir as quatro consecutivas baixas no Bovespa à intervenção do governo nas empresas, como teria ocorrido na Vale. Petrobras e OGX caíram junto com o preço do barril de petróleo, que despencou quase 10% no mercado internacional. Vale, aliás, subiu 1,3%.

Solidariedade na moda
A ONG As Charmosas ganhou o apoio da Sta. Ephigênia. A grife carioca doará roupas, sapatos, tecidos e acessórios para viabilizar a criação da nova coleção da entidade, para ser apresentada na próxima edição do Fashion Business. Além disso, a marca de moda contratou o grupo produtivo da ONG para confecção de flores em tecido sustentável que serão utilizadas em um vestido de noiva.

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