As operações de pagamentos realizadas por Pix no comércio eletrônico devem representar mais de 50% no setor até 2027. Já o cartão de crédito, apesar de perder um pouco de espaço, também seguirá relevante, representando 27% das formas de pagamento até 2027. É o que traz o estudo “Guia de expansão global para mercados de alto crescimento”, produzido pela fintech Nuvei. O estudo faz parte de uma série de relatórios que analisa o comércio eletrônico em oito mercados de alto crescimento mapeados pela Nuvei: Brasil, África do Sul, México, Hong Kong, Chile, Índia, Colômbia e Emirados Árabes Unidos.
Em 2024, o percentual de uso do Pix foi de 40% no e-commerce e, daqui para frente, a previsão é que esta forma de pagamento caia cada vez mais no gosto do público brasileiro. Desde seu lançamento em 2020, ele transformou a forma como o público do país realiza transações. Seu grande sucesso se deve a sua velocidade, praticidade e ausência de taxas para os consumidores, tornando-se especialmente popular entre populações desbancarizadas ou com acesso limitado a serviços financeiros tradicionais.
“A liberação do Pix por aproximação pelo Banco Central, feita em 28 de fevereiro, representa mais um avanço na jornada de inovação dos meios de pagamento no Brasil. Com essa novidade, os consumidores poderão realizar compras de forma ainda mais ágil e intuitiva, apenas encostando o celular na maquininha, assim como já fazem com cartões de débito e crédito”, comenta Daniel Moretto, vice-presidente sênior da Nuvei América Latina. “Além disso, as possíveis integrações do Pix com sistemas internacionais têm o potencial de transformar transações cross-border, ampliando sua relevância global e beneficiando tanto consumidores quanto empresas que operam no comércio eletrônico internacional”, afirma o executivo.
Entre os meios de pagamentos preferidos dos brasileiros, as carteiras digitais também estão ganhando espaço, especialmente entre os consumidores mais jovens e nas grandes cidades. Em 2024, essas soluções responderam por 7% dos pagamentos no e-commerce e, embora a previsão para 2027 seja de 6%, elas são mais uma solução de tecnologia que os consumidores têm olhado. O uso do boleto bancário está diminuindo no comércio eletrônico e deve cair de 8% em 2024 para 5% até 2027.
A digitalização do pagamento de contas no Brasil é um fenômeno que tem transformado a maneira como os brasileiros lidam com suas obrigações financeiras. Com a implementação de novas tecnologias e o crescimento de plataformas de pagamento digital, o mercado de boletos no país tem experimentado um crescimento exponencial, com mais de 4.3 bilhões de boletos emitidos somente no primeiro semestre de 2024.
Para Vinicius Santos, CEO e fundador da fintech Conta Comigo Digital, a digitalização do pagamento de contas no Brasil não é apenas uma tendência, mas uma revolução silenciosa que está transformando a maneira como o brasileiro está lidando com as finanças pessoais.
“O boleto, que nasceu e se consolidou como um instrumento essencialmente físico, no papel, está sendo completamente ressignificado no ambiente digital. Hoje, quando falamos em pagar um boleto, a primeira coisa que vem à mente não é mais aquele papel impresso, mas sim um código digital no celular. O comportamento desta mudança de paradigma é extremamente interessante pois não elimina este popular meio de pagamento, mas sim o moderniza”, explica.
Historicamente, o boleto bancário tem sido uma das formas mais populares de pagamento no Brasil. No entanto, com a digitalização do setor financeiro e a aceleração da inclusão digital, a maneira de pagar e gerar boletos mudou consideravelmente. Hoje, é possível gerar, pagar e até controlar boletos por meio de apps bancários, fintechs e plataformas de pagamento online, eliminando a necessidade de se deslocar até uma lotérica ou agência bancária.
“Esse movimento tem gerado um impacto significativo no mercado. Cada vez mais paga-se mais boletos no digital e menos no ambiente físico. Em um país com uma grande parcela da população ainda não totalmente bancarizada ou sub-bancarizada, a digitalização oferece uma maneira mais eficiente e acessível de realizar pagamentos”, reforça. Além disso, Vinícius destaca que a adesão ao pagamento digital vem acompanhada de outros benefícios, como a redução de custos operacionais para as empresas, a diminuição de fraudes e o aumento da segurança nas transações.
Este crescimento no mercado de boletos brasileiros não apenas reflete a magnitude dessa transformação, mas também evidencia o crescimento da confiança dos consumidores nas plataformas digitais. As vantagens da digitalização são claras: mais agilidade, conveniência e controle nas mãos do usuário. Além disso, a evolução do sistema de boletos com o Pix, por exemplo, tem estreitado a relação entre diferentes métodos de pagamento, integrando-os em um ecossistema financeiro cada vez mais robusto e eficiente.
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