Pix disputa com boleto segundo lugar em meios de pagamento virtuais

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Smartphone com logo do Pix no site do Banco Central
Pix (foto de Marcello Casal Jr, ABr)

Em compras pela internet, o cartão de crédito ainda lidera a forma de pagamento, com 98,3% de aceitação. Em segundo lugar no ranking está o boleto bancário, de acordo com o Estudo de Pagamentos Gmattos em sua edição de maio, mas quase perdendo a posição para o Pix, que vem 1,7 ponto percentual atrás, na terceira colocação do ranking.

Desde a primeira edição do estudo, em janeiro de 2021, o Pix era o quinto do ranking, aceito por 16,9% dos comércios virtuais no Brasil, enquanto a aceitação do boleto era de 74,6% – uma diferença de 57,7 pontos percentuais. Na edição de maio de 2022, enquanto o boleto ostenta uma aceitação de 76,3%, praticamente no mesmo patamar daquela primeira apuração, o Pix atingiu 74,6%, percentual que o boleto apresentava no primeiro mês do ano passado. O Pix, assim, avançou, desde então, os mesmos 57,7 pontos percentuais que o distanciavam do boleto na época.

Em maio, o levantamento contabilizou que 20% das lojas que aceitam Pix oferecem reais vantagens – descontos de 3% a 18% – para incentivar os consumidores a utilizar esse meio de pagamento. Em março/22, essa prática foi observada em 14% das lojas.

Pela avaliação da consultoria Gmattos, o potencial de aceitação do Pix pode chegar a 91% a longo prazo, considerando o segmento de lojas que ainda não operam com essa forma de pagamento, mas que aceitam algum tipo de recebimento à vista (débito bandeira ou banco, ou boleto). Do grupo de lojas que ainda não aceitam Pix, apenas 9% não operam com pagamentos à vista.

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Outro ponto levantado pelo Estudo Gmattos sobre o Pix diz respeito à integração usada pelas lojas. Elas adotam em seu checkout o fluxo com QR Code – não utilizando o fluxo com iniciador de pagamentos, possibilidade disponibilizada pelo BC no final de 2021 e que simplifica a autenticação do Pix. O iniciador acessa diretamente as instituições que fazem parte do open banking toda vez que um pagamento Pix é solicitado, requerendo a autenticação sem a necessidade do uso do QR Code. Dessa maneira, o fluxo de pagamento com sete fases se reduz a apenas três passos.

Com aceitação estável, as wallets apresentaram em maio o mesmo nível atingido em janeiro (45,8%). Algumas lojas têm optado por diferenciar a oferta de meios de pagamento, disponibilizando alguns apenas na versão para aplicativos, o que, segundo Gastão Mattos, faz bastante sentido, uma vez que o valor agregado das wallets para compras mobile é maior, pela usabilidade e experiência simplificada de compra.

A consolidação dos débitos (aceitação do débito bandeira + débito bancos, excluindo redundâncias) em 28,8% esconde o nível marginal de aceitação das modalidades isoladas. Tanto bandeira como bancos mudaram seu patamar desde o início do ano passado: o débito bancos caiu de 25% para um patamar inferior a 20%, e o bandeira, de 20% para o patamar de 15%. Apenas 3,4% das lojas aceitam ambas as modalidades de débito, tornando a oferta simultânea bastante incomum.

Das lojas que aceitam Pix em maio, 29% oferecem a modalidade débito bancos, enquanto 16% aceitam também o débito bandeira.

O levantamento analisou 59 lojas virtuais de destaque no mercado brasileiro, dos mais diversos segmentos, as quais, juntas, representam 85% do comércio eletrônico do país. A maior parte das observações aconteceu em 3 e 4 de maio.

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