PIX é o segundo meio de pagamento mais usado no Brasil

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PIX (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Pix (foto de Marcello Casal Jr., ABr)

A tendência da digitalização dos meios de pagamentos foi estimulada ainda mais pela pandemia da Covid-19. A crise sanitária impôs a necessidade de isolamento social e deu impulso à adoção de meios de pagamento que reduzem o compartilhamento de objetos. O contexto ajuda a explicar a grande adesão ao PIX, criado pelo Banco Central em 2020, que já é o segundo meio de pagamento mais utilizado no país, praticamente empatado com o dinheiro. O dado faz parte da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae. De acordo com o levantamento, as modalidades de pagamento mais utilizadas pelos brasileiros são: dinheiro (71%), PIX (70%), cartão de débito (66%) e cartão de crédito (57%).

A preferência pelo PIX é justificada para 83% dos usuários pela rapidez e a praticidade, seguido de evitar ou minimizar contato físico com máquinas e/ ou pessoas (34%) e pela segurança (32%).

De acordo com o levantamento, nas compras em lojas físicas o cartão de débito (32%), cartão de crédito (30%), e dinheiro (25%) são os meios mais utilizados. Já o cartão de crédito é o preferido nos pagamentos de compra online (52%). O dinheiro é o meio mais utilizado para pagamentos de contas de consumo (32%). A pesquisa mostra ainda que lojas físicas recebem a maior parte do pagamento à vista (66%) e as lojas virtuais a prazo (53%).

Instantaneidade foi o motivo mais citado para uso do PIX: 62% responderam que o valor é transferido na hora. A rapidez e praticidade foi mencionada por 57%. Outra vantagem reconhecida foi a gratuidade de taxas e tarifas, citada por 42%. Além desses atributos, 22% mencionaram que evitam o contato com o dinheiro; 21% alegaram que é mais seguro; e 19% citaram a vantagem de não precisar levar dinheiro na bolsa ou na carteira. A higiene em tempos de Covid foi lembrada por 18%.

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A aceitação nos estabelecimentos foi menos citada (15%) – um fato é compreensível, dado que o surgimento desta opção é recente. As empresas que já oferecem, no entanto, têm esta vantagem competitiva sobre as demais.

Tomando o lugar das TEDs e dos DOCs, o tipo mais citado de pagamento através de PIX, segundo a pesquisa, é a transferência de saldos para amigos e parentes: 88% citaram esta finalidade. Os usuários da novidade também destacaram o pagamento de serviços (40%); de compras pela internet (26%); compras de alimentos (18%); restaurantes (17%) e consultas médicas (12%). A grande vantagem do PIX com relação às tradicionais TEDs e DOCs é a instantaneidade e a gratuidade para pessoas físicas.

De acordo com a pesquisa, 67% dos entrevistados relataram mudanças nas formas de pagamento em decorrência da pandemia, sendo que 45% passaram a fazer mais pagamentos de forma online (incluindo transferências e PIX), 23% passaram a utilizar mais o cartão de crédito, 21% passaram a utilizar o cartão de débito e 5% passaram a utilizar mais dinheiro. Para 33%, não houve mudança – neste caso, podendo haver consumidores que já adotavam práticas que foram recomendadas durante a pandemia.

Considerando os consumidores que costumam utilizar cartões e carteiras digitais, seja cartão de crédito, cartão de débito, Paypal, Pag Seguro, Moip, Pic Pay, Mercado Pago, Samsung Pay, Apple Pay etc, mais da metade (59%) já fez pagamentos por aproximação. A rapidez e a praticidade foi o principal motivo, citado por 53% dos que usaram a tecnologia. A comodidade de não precisar digitar a senha também pesou, mencionada por 39%.

Outros usaram por curiosidade, para testar a novidade (38%). Além destes, 31% mencionaram a higiene e o fato de evitar contaminação com Covid, 24% quiseram evitar o contato com o dinheiro, e 12% alegaram que é mais seguro. A pesquisa mostrou ainda que o cartão físico foi o principal meio de pagamento por aproximação, citado por 91% dos consumidores que já usaram a tecnologia. Smartphone e smartwatch foram citados por, respectivamente, 18% e 4%.

Entre aqueles que ainda não experimentaram as tecnologias de pagamento por aproximação, 39% justificaram que não consideram esta opção confiável e 26% mencionaram que não tem esta tecnologia habilitada no cartão. O medo da clonagem dos dados também foi citado (23%), seguido pelo receio de não precisar digitar a senha (20%).

Outra novidade nos meios de pagamento é o uso de código QR. Segundo a pesquisa, 18% dos internautas mencionaram o costume de usar essa modalidade. Entre estes consumidores, a rapidez e a praticidade foram os motivos mais apontados para o uso, citadas por 63%. Além destes, 31% indicaram a alta aceitação nos estabelecimentos e 31% mencionaram a possibilidade de evitar a digitação na maquininha de cartão. Evitar o contato com o dinheiro (26%) e, mais especificamente, evitar a contaminação com Covid (22%) também foram motivos destacados.

Os que não costumam pagar através de código QR também elencaram os seus motivos. 25% acreditam que a maioria dos estabelecimentos ainda não aceita este tipo de pagamento e 20% têm dificuldades de saber como funciona.

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