O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Governo da Bahia vão elaborar um plano de investimento para promover o desenvolvimento econômico e a bioeconomia no estado. Em reunião nesta quinta-feira (11), na sede do banco, no Rio de Janeiro, o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, e o governador Jerônimo Rodrigues destacaram a importância da ampliar investimentos em energia limpa e hidrogênio verde. Não foi informado o início da parceria e nem volume de recursos que será liberado para os investimentos.
“Nós estamos construindo aqui uma parceria estratégica com o Governo da Bahia. Vamos fazer um termo de colaboração bastante amplo para trazer não só os estudos, estruturação de projetos do BNDES, mas também parcerias com o setor privado e financiamento à indústria, à inovação, à economia verde”, explicou o presidente Aloizio Mercadante. “Vamos ter projetos na área de energia e a Bahia é uma potência na energia limpa renovável, eólica e solar e em hidrogênio verde”, completou.
Segundo o governador Jerônimo Rodrigues, o encontro permitiu a discussão de financiamento e apoio ao setor produtivo do estado. “Nós já temos uma parceria e agora, com o presidente Lula e, tendo o Mercadante nesse posto, nos ajuda bastante a clarear a relação com as empresas, mas também com financiamento de ações nossas para o desenvolvimento econômico do Estado da Bahia”, disse ele.
Na reunião, com a presença de secretários do Governo, diretores e executivos do BNDES, Mercadante e Rodrigues também definiram a realização, no estado, de uma oficina de fomento e acesso ao crédito, com a participação de técnicos do Banco, para ampliar o apoio a micro e pequenas empresas.
Conceito
De acordo com o Portal da Indústria, economia verde é um modelo de economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz os riscos ambientais e a escassez ecológica. As três principais características, ou três pilares da economia verde são: baixa emissão de carbono, eficiência no uso de recursos e busca pela inclusão social.
A concepção de economia verde foi desenvolvida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em 2008,
O conceito de economia verde foi formulado na tentativa de mostrar que desenvolvimento sustentável e desenvolvimento econômico não são contraditórios e que podem, inclusive, se tornarem complementares. Assim, não só os países desenvolvidos são capazes de adotar esse
modelo, mas também as economias em desenvolvimento têm essa possibilidade. Em tese, em vez de ser um obstáculo ao desenvolvimento desses países, a transição para a economia verde contribuiria para promover esse crescimento.
Ao implementar qualquer projeto baseado na economia verde, é essencial: buscar uma baixa emissão de carbono e outros gases que causam o efeito estufa; diminuir os impactos causados pelas mudanças climáticas; utilizar, de forma eficiente e sustentável, os recursos naturais; primar por inclusão social; implantar processos de logística reversa de resíduos, reciclagem e reutilização de bens de consumo e tratamento adequado de rejeitos; utilizar energias limpas e renováveis; valorizar a biodiversidade; exercer o consumo consciente; adotar práticas sustentáveis nos processos produtivos; universalizar o saneamento básico; e conservar os recursos hídricos.