Pesquisa realizada pelo software médico Conclínica apurou que 52% das clínicas privadas têm dificuldades em atender critérios para reembolso de planos de saúde. Segundo o estudo, um dos principais problemas reside na complexidade dos processos exigidos pelas organizações. Isso muitas vezes resulta em atrasos prolongados no pagamento dos serviços prestados, podendo impactar negativamente o fluxo de caixa das clínicas.
Além disso, as clínicas particulares também lidam com a negociação de valores dos serviços com as operadoras de planos de saúde, o que nem sempre resulta em acordos favoráveis.
Os valores negociados muitas vezes não cobrem adequadamente os custos reais dos procedimentos, o que pode levar as clínicas a operarem com margens apertadas ou até mesmo prejuízo financeiro.
A atuação dos planos de saúde impacta significativamente o setor de clínicas particulares, tanto na gestão financeira quanto na operacionalização dos serviços. As clínicas dependem dos reembolsos para manter suas operações e garantir um fluxo de caixa saudável.
A maneira como os planos de saúde negociam e reembolsam os serviços prestados pode afetar diretamente a sustentabilidade e a lucratividade das clínicas. A burocracia excessiva nos processos de solicitação, que frequentemente resulta em atrasos significativos nos pagamentos.
Planos individuais tendem a ser mais padronizados e podem ter menos flexibilidade nas negociações de valores e prazos de pagamento. Já planos corporativos podem envolver contratos mais complexos e negociações diretas que exigem maior atenção aos detalhes e maior capacidade administrativa das clínicas.
Dados da segunda edição Balanço Observatório da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) apontam para uma mudança estrutural em andamento no cenário da saúde suplementar no Brasil. Os números divulgados pela publicação trimestral da Associação apontam que houve um aumento de 5,8 pontos percentuais na coparticipação; a taxa rotatividade de beneficiários superou os 30% nos planos coletivos empresariais; e se elevaram as buscas por planos regionais e mais baratos.
A coparticipação, modalidade em que o usuário paga, além da mensalidade do plano, uma parte da despesa da operadora pelo atendimento prestado, passou de 48,49% em 2019 para 53,57 em 2024 (março). No que diz respeito ao reajuste, o maior foi na Região Sudeste, chegando a 20,05% em fevereiro de 2024, e o menor na Região Sul que, não por coincidência, é a com maior proporção de beneficiários em planos coparticipativos, indicando uma correlação entre coparticipação e menor sinistralidade.
Já a taxa de rotatividade, ou seja, de mudança de planos por parte dos contratantes ou beneficiários, chegou a 32,2% para o segmento de medicina de grupo nos planos coletivos empresariais; e o levantamento aponta que os beneficiários estão buscando opções com abrangência de grupo de municípios, que passaram de 42,61% em dezembro de 2019 para 43,65% em março de 2024. Enquanto isso, os planos nacionais caíram de 40,56% em 2019 para 39,73% no mesmo período.
A taxa de rotatividade mede o percentual dos vínculos substituídos no período em relação ao total existente no primeiro dia do período. O cálculo da taxa de rotatividade é realizado utilizando o menor valor entre o total de adesões e de cancelamentos em um período especificado.
Outro ponto que o levantamento revelou é a tendência de contratantes ou beneficiários buscarem planos de menor custo, mas, ainda assim, completos; e aqui isso se concretiza com a opção por acomodação em enfermaria que cresceu e chegou a 62,78%.
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