Pobreza aumentou pela primeira vez em 25 anos

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Protesto da Oxfam sobre taxação de fortunas (Foto: Oxfam/divulgação)
Protesto da Oxfam sobre taxação de fortunas (Foto: Oxfam/divulgação)

Segundo estudo da Oxfam divulgado neste final de semana, o 1% mais rico da população mundial domina quase dois terços de toda a nova riqueza. Isso é seis vezes mais do que os 7 bilhões de pessoas que compõem os 90% mais pobres da humanidade.

De acordo com o relatório, a pobreza aumentou pela primeira vez em 25 anos. Ao mesmo tempo, todas essas múltiplas crises têm vencedores.

“Os muito ricos ficaram dramaticamente mais ricos e os lucros corporativos atingiram recordes, gerando uma explosão de desigualdade. Este relatório se concentra em como tributar os ricos é vital para enfrentar esta crise sem precedentes e a desigualdade vertiginosa. O relatório explora como, na história recente, a tributação dos mais ricos era muito maior; como a conversa sobre tributar os ricos e fazer os bilionários pagarem sua parte justa é extremamente popular; e como tributar os ricos recupera o poder da elite e reduz não apenas a desigualdade econômica, mas também as desigualdades raciais, de gênero e coloniais. O relatório estabelece quanto imposto os mais ricos devem pagar e as maneiras práticas e testadas pelas quais os governos podem aumentar esses impostos. Ele nos mostra como tributar os ricos pode nos colocar claramente no caminho para um mundo mais igualitário e sustentável, livre da pobreza.”

Para a organização, a desigualdade é uma das questões mais importantes: “este relatório apresenta uma maneira importante, mas insuficientemente explorada, de fazer exatamente isso: tributar os ricos. Os impostos que visam aos ricos permitem que o imposto desempenhe sua função redistributiva, restringindo o crescimento das desigualdades de renda e riqueza. O relatório oferece uma solução concreta para o problema da desigualdade que as ONGs têm trazido à tona em tantas conversas. Dito isto, no entanto, os países enfrentam desafios significativos na tributação da riqueza, e há necessidade de propostas concretas sobre como fazê-lo, especialmente para os países em desenvolvimento.”

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Aqui no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs em seu plano de governo que a reforma tributária favoreça a classe dos mais pobres, com a redução de impostos, em contrapartida será cobrado um imposto maior aos que possuem um alto poder aquisitivo. A medida visa a reduzir o nível de desigualdade social existente no país, principalmente após a crise econômica que afetou o país devido à pandemia.

“O compromisso agora é avançar para novos debates quanto a PEC em destaque e outras relacionadas para que enfim, estabeleça uma cobrança de impostos de forma simplificada, justa e com responsabilidade no bem-estar econômico e social dos brasileiros e brasileiras para o qual foi constituída a arrecadação dos tributos”, avalia a contadora Cristiane Almeida, diretora da Brasis Contabilidade, para quem a reforma é de extrema importância para o país, mas alguns cuidados são fundamentais: “A reformulação do sistema tributário nacional é necessária diante da complexidade tributária em nosso país. Porém, não poderá sobrecarregar mais a base da pirâmide social, a qual assume financeiramente a maior carga tributária, pois os tributos já estão inclusos indiretamente nos preços dos produtos e serviços, diminuindo assim seu poder de compra” ressalta.

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