Polícia prende 10 pessoas em flagrante por venda ilegal de ingressos nas Olimpíadas

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Policiais civis prenderam 10 pessoas em flagrante, suspeitas de vender ilegalmente ingressos para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, na última sexta-feira. Nove delas foram presas na Rua Visconde de Itamarati, que dá acesso ao Estádio do Maracanã, na Zona Norte da cidade. O último foi detido na Rodoviária Novo Rio. Todos foram presos no mesmo dia da cerimônia.
A juíza Letícia D’Aiuto de Moraes Ferreira Michelli, do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, determinou no sábado a prisão preventiva das 10 pessoas, por associação criminosa: Carlos Roberto dos Santos, Gilberto João dos Santos, João Maurício Santana de Souza, Kléber Valença Pereira, Vando Valença Pereira, Henrique Domingues Magalhães, Ronilson Santos da Paz, Denilson Bernardes de Mendonça, Paulo Gabriel dos Santos Oliveira e Gerson de Oliveira.
Segundo a Polícia Civil, eles são suspeitos de integrar uma associação criminosa de cambistas que veio de São Paulo para o Rio de Janeiro, com a intenção de vender os ingressos e retornar, no dia seguinte, para sua cidade.
De acordo com informações da Delegacia de Polícia Civil de Vila Isabel (20ª DP), os ingressos eram comprados pelo grupo com cartões de crédito clonados. Por isso, eles conseguiam revendê-los por preço inferior ao valor que estava estampado no documento. Além dos ingressos, foram apreendidos com os suspeitos dinheiro, telefones e uma máquina para pagamento com cartão de crédito.

Empresa britânica – Policiais também prenderam na sexta-feira dois funcionários da empresa britânica THG por venda ilegal de ingressos dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A empresa THG teve seu nome envolvido no caso da máfia dos ingressos da Copa do Mundo de 2014, quando o presidente da empresa, James Stinton, foi preso.
Agora, um deles, um homem, foi autuado por associação criminosa, marketing de emboscada e facilitação de cambismo. Já a outra pessoa, uma mulher, contratada pela empresa para atuar como intérprete, foi autuada por marketing de emboscada.
Durante a ação, foram apreendidos mais de mil ingressos, que eram comercializados por valores mais altos do que o impresso no bilhete. As nacionalidades dos presos não foram divulgadas pela polícia. A investigação foi conduzida pelo Núcleo de Apoio a Grandes Eventos (Nage) da Polícia Civil.

Encomendas da Rio 2016 deixam exportadores chineses em alerta
Wu Xiaoming tem uma exportadora de artigos esportivos, mas os Jogos Olímpicos do Rio não trouxeram lucros extras.
Apesar da Eurocopa e da Rio 2016, a Ao Kai, que fabrica bolas, não teve um grande aumento nas exportações este ano.
– Dois importantes eventos esportivos ocorreram em um ano, mas nossas exportações estão iguais às do ano passado – disse Wu na sede da Ao Kai, na cidade de Yiwu (leste), um dos centros de exportação mais importantes do país.
Os pedidos olímpicos eram uma fonte significativa de receitas e lucros para muitos exportadores chineses, mas o ritmo começou a perder impulso a partir da crise financeira global.
Muitos exportadores chineses consideram os eventos esportivos importantes como um impulso temporário para os decrescentes pedidos de exportações. A China foi um importante fornecedor de vuvuzelas na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
No entanto, diversos exportadores em Yiwu assinalam que a demanda de bandeiras nacionais, barras luminosas de animação e muitos outros artigos perdeu brilho antes dos Jogos Olímpicos deste ano, o que destruiu as esperanças de que o evento esportivo melhorasse a contração do comércio exterior da China.
O comércio exterior de produtos chineses caiu 3,3% para ficar em 11,13 trilhões de iuanes durante o primeiro semestre deste ano. As exportações baixaram 2,1%, a 6,4 trilhões de iuanes, mostram números de alfândegas.
Shi Xingqing, proprietário de uma fábrica de bandeiras, comentou que só houve um leve aumento nos pedidos. À exceção da bandeira do Brasil, a demanda não aumentou.
Wu exportou 300 mil bolas de futebol ao Brasil em média por ano durante os últimos anos. No entanto, os pedidos para a Rio 2016 caíram em 1/3.
Ele responsabiliza a queda nos pedidos à contração da economia do Brasil.
– Não é só o Brasil, as exportações para a toda a América do sul desaceleraram este ano.
Shi acrescentou que a baixa na demanda também pode ser resultado da Copa do Mundo no Brasil, o que deixou um grande estoque de artigos esportivos, que, para cortar custos, foram reutilizados nos Jogos Olímpicos.
Além da queda nos pedidos, os lucros dos exportadores chineses também diminuíram. Wu ganhou menos de um iuane por bola de futebol que exporta ao Brasil por 10 iuanes.
– Quando a bola de futebol chega ao Brasil será vendida por mais de 200 iuanes.
Para os exportadores de bandeiras, a margem é mínima, disse Shi. O negócio só pode ser levemente lucrativo se obtiverem vendas em grande quantidade.
Além disso, os lucros também foram reduzidos pela taxa de câmbio.
A concorrência pelos pedidos entre centenas de exportadores os deixou com pouca margem de negociação.
– Há medidas para ajudar os exportadores a melhorar as margens. Eles podem recorrer à fusão, coordenar pedidos e produção e pedir mais flexibilidade na taxa de câmbio – disse o subdiretor do Instituto de Estudos sobre Organização Mundial de Comércio da Universidade de Economia e Negócios Internacionais de Pequim, Tu Xinquan.
– No entanto, todas essas medidas apenas funcionarão em certa medida, e em algum ponto esses exportadores terão que procurar uma produção com maior valor agregado.
Quanto a Wu, a solução para seu negócio em diminuição de exportação pode estar no mercado doméstico.
– O consumo está aumentando na China e nos manteremos atentos à demanda interna enquanto tentamos resolver o problema das exportações.

Com informações da Agência Brasil, citando a Ansa; e da Xinhua

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