Política Nacional de Cibersegurança: como o decreto contribui para um ambiente online mais confiável?

Como o decreto da Política Nacional de Cibersegurança fortalece as defesas digitais do Brasil e impulsiona a cooperação público-privada. Por Mariana Tamoyo.

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Ciberataques. Imagem: divulgação

A segurança cibernética tem se tornado uma prioridade em um mundo cada vez mais interconectado. Reconhecendo a importância estratégica de proteger sistemas, dados e infraestruturas contra ameaças digitais, em dezembro do ano passado, foi instituída no Brasil a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber). Uma decisão importante e acertada que pode contribuir para melhorar o cenário de um dos países que mais sofrem ataques virtuais no mundo. Mas, afinal, como esse decreto nos ajuda a driblar os desafios da era digital e como ele abre portas para novos investimentos no Brasil?

A criação da PNCiber trará benefícios inegáveis para o cenário de cibersegurança brasileiro, que tem sido criticamente afetado. O decreto representa um avanço na legislação de segurança de dados e destaca a preocupação do governo em desenvolver mecanismos para garantir a regulamentação e a confidencialidade digital das informações.

Estabelecer uma cultura de cibersegurança é um destaque do decreto, pois é crucial tanto para a inovação quanto para o desenvolvimento de novas tecnologias e a segurança do mercado. O decreto reforça a importância da cibersegurança e pode estimular investimentos e melhorias contínuas em tecnologias, proteção de dados e sistemas, beneficiando todo setor.

As organizações brasileiras, sejam elas governamentais ou privadas, estão cada vez mais conscientes da importância de proteger seus ativos digitais contra ataques, que podem variar desde ransomwares (que sequestram dados em troca de recompensas financeiras) até ataques de phishing sofisticados (aqueles em que links e sites falsos são usados para roubar informações de usuários).

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O governo brasileiro tem buscado fortalecer suas estratégias de cibersegurança, implementando políticas e regulamentações para evitar ou diminuir os riscos. No entanto, a complexidade do ambiente cibernético demanda uma abordagem contínua e colaborativa entre os setores público e privado, visando não apenas a reação a incidentes, mas também a prevenção proativa e a educação sobre segurança digital para a população em geral.


Os pilares da Política Nacional de Cibersegurança

O decreto que institui a Política Nacional de Cibersegurança estabelece uma abordagem abrangente e multifacetada para enfrentar os desafios digitais. Alguns dos principais pilares dessa política incluem:

  • Fundamentação e necessidade: A era digital trouxe avanços significativos, mas também expôs organizações e cidadãos a ameaças cibernéticas crescentes. O novo decreto surge como uma resposta necessária para fortalecer as defesas digitais do Brasil, reconhecendo a importância da proteção de ativos digitais, dados pessoais e infraestruturas críticas.
  • Princípios e objetivos: O decreto estabelece princípios fundamentais, destacando a colaboração entre setores público e privado, a prevenção proativa de ameaças, a capacitação de profissionais em segurança cibernética e o estímulo à inovação. Os objetivos abrangem desde a segurança de sistemas governamentais até a promoção da cibersegurança em empresas e infraestruturas essenciais.
  • Medidas de segurança: O decreto também estabelece medidas claras que entidades governamentais e empresas privadas devem adotar para fortalecer sua postura de segurança cibernética. Isso inclui a implementação de planos de resposta a incidentes, a realização de auditorias periódicas e a adoção de práticas de segurança reconhecidas internacionalmente.
  • Benefícios e impactos: Embora a Política Nacional de Cibersegurança represente um passo crucial para fortalecer a defesa digital do Brasil, ela não está isenta de desafios. A rápida evolução das tecnologias requer uma adaptação constante das estratégias e da colaboração entre o setor público e privado.

Ao mesmo tempo, o decreto cria oportunidades para o desenvolvimento de tecnologias e serviços especializados em cibersegurança, impulsionando a inovação e o crescimento econômico no setor. Entre as oportunidades, estão: estimular as iniciativas de pesquisa científica; desenvolvimento tecnológico e inovação no âmbito da área; fortalecer a atuação coordenada e a troca de informações em segurança cibernética entre os Três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

Isso significa que a implementação bem-sucedida da Política Nacional de Cibersegurança dependerá da cooperação efetiva entre os diversos setores da sociedade. É essencial que empresas, instituições acadêmicas e cidadãos estejam cientes de sua responsabilidade na proteção dos ativos digitais e no fortalecimento da resiliência cibernética do país.

Em conclusão, o decreto que institui a Política Nacional de Cibersegurança representa um marco importante na busca por um ambiente virtual mais seguro e resiliente no Brasil. O desafio agora é traduzir essas intenções em ações concretas, garantindo que o país esteja preparado para enfrentar as ameaças cibernéticas emergentes e proteger seus interesses nacionais no mundo digital.

Mariana Tamoyo, analista empresarial da ManageEngine

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