O BBVA lançou a moda na Argentina, ou seja, a oferta de compra das ações do Banco Francês só valia caso a desvalorização do Índice Merval não ultrapassasse 35%. Agora, devido ao efeito Orloff, a Portugal Telecom também resolveu fazer imposições e poderá cancelar a operação pública para a troca de ações da Telesp Celular, caso os índices das bolsas do Brasil e de Portugal, a moeda brasileira ou suas próprias ações caírem mais de 10%.
Estas foram as condições incluídas na proposta que a companhia portuguesa apresentou nesta semana para a Comissão de Valores Mobiliários e Security Exchange Comission, de vez que os ADRs da Telesp Celular são negociados na Bolsa de Nova York. A Portugal Telecom solicitou o registro para a troca das ações dos 58,8% do capital da operadora de telefonia móvel de São Paulo e que não estão sob o seu controle. Apesar de não revelar quais as possíveis vantagens ou desvantagens para os investidores nacionais e estrangeiros, pretende, apesar de todas as condições, deter 67% do capital da companhia.
Aparentemente, os executivos portugueses não estão confiantes de tal proposição. Para dar cobertura a tal operação, o grupo luso convocou assembléia geral para o dia 20 de agosto para que haja a autorização para aumento de 21% no capital da Portugal Telecom, através da emissão de 253,3 milhões de novas ações.
A CVM vai aceitar
Os investidores brasileiros agora voltaram as atenções para o posicionamento da Comissão de Valores Mobiliários. No momento em que tanto se alardeia a transparência e a gestão corporativa, portugueses e espanhóis querem impor sua cultura comercial que é um tanto incompatível com a dos brasileiros. Parece brincadeira, mas os lusos só faltaram incluir como fator para o cancelamento de tal oferta a possibilidade do Benfica não ser o campeão português de futebol.
Se a CVM não adotar a posição correta, daqui a pouco os espanhóis virão com o tal voto discricionário. Ou uma oferta é firme ou não deve ser feita.
Entra em circulação o Patacón
O governador da província de Buenos Aires, Carlos Ruckauf, e o vice-governador, Felipe Solá, firmaram acordo com várias câmaras empresariais para que seus afiliados aceitem o bônus “Patacón”, que a província emitirá nos próximos dias para pagar os salários dos funcionários públicos. Não houve concordância por parte das empresas farmacêuticas, distribuidores de combustíveis, produtores de alimentos e empresas de serviços públicos.
Como Cavallo já lançou a idéia de unificação das moedas argentinas e brasileiras. Breve surgirá o “Merrecón”.
O Itaú como fica na Argentina?
Muitos analistas recomendam as ações do Banco Itaú, devido a agregação de valor da instituição. Mas, com tantos negócios na Argentina, como ficarão seus resultados?