A comunicação, incluindo posicionamento, mensagem e valores, e a identidade visual de uma marca são fatores significativos para 54% dos consumidores. As respostas positivas equivalem aos 27% dos entrevistados que consideram o fator como bastante importante no momento de escolha e de consumo, e aos 26% que pensam que a questão é determinante, sendo que só consomem de marcas com as quais se identificam com a identidade.
Foi o que apontou pesquisa da plataforma Guia dos Melhores, realizada com brasileiros de todas as idades e regiões do país para entender o quanto o posicionamento, os valores e a aparência de uma marca influenciam no momento de compra e ajudam na fidelização do consumidor. Para 17% dos respondentes, esses quesitos são critério de desempate quando estão na dúvida entre produtos ou serviços; para 14% não é algo tão importante, mas pode interferir na decisão de consumo de um produto, e apenas 6% disse não considerar esses pontos nem um pouco importantes e que eles não interferem em suas decisões de compra.
De acordo com o estudo, entre os aspectos mais importantes para as marcas transmitirem por meio de sua comunicação escrita e visual estão o compromisso com o meio ambiente e a sustentabilidade, indicado por 57% dos entrevistados; possuir uma identidade visual agradável, segundo 50% dos respondentes; possuir missão e valores alinhados com o do cliente, citado por 43%; estar alinhado com o estilo de vida do consumidor, de acordo com 39%, e ter compromisso com a diversidade, para 36% dos perguntados.
Segundo o levantamento, os pontos mais determinantes para que se deixe de utilizar uma marca da qual se costumava consumir são o mau atendimento ou suporte por parte da marca, indicado por 57%; aumento de preço dos produtos ou serviços, para 55% dos respondentes; alteração na composição do produto, como mudança de ingredientes ou de materiais, citado por 52% dos entrevistados; polêmicas negativas em relação à marca, escolhido por 42%, e diminuição do tamanho do produto, apontado por 35%.
“É indispensável para as marcas entenderem que elas precisam seguir aqueles valores a que se propõem. Se uma empresa diz ter compromisso com a diversidade, é imprescindível que ela realize ações que realmente demonstrem esse engajamento. Atualmente, o público está muito atento a essas iniciativas, e não seguir com as missões propostas pode ter o efeito contrário e afastar o consumidor”, explica Eduardo Scherer, fundador do Guia dos Melhores.
Entre as mudanças que mais causam impacto ou que mais são percebidas pelos consumidores, estão as alterações em apresentações de embalagens de produtos, segundo 40% dos entrevistados; modificações no logotipo, citado por 22%; variações em propagandas e anúncios, indicado por 14%, e alterações em ícones de celular, segundo 12% dos respondentes.
O estudo procurou descobrir as marcas mais lembradas pelos consumidores quando perguntados em relação a posicionamento e identidade, levando em consideração pontos como nome, logotipo, aparência, propósito, mensagem e valores. As marcas mais citadas pelos entrevistados foram Coca-Cola, com 45 indicações; Natura, com 38; Nike, com 33; Nestlé, com 30; Omo e Apple, com 16; O Boticário, com 15, e Adidas, com 10 menções.
“Quando analisamos as marcas mais lembradas por sua identidade, vemos, principalmente, empresas com bastante peso e tempo de mercado. De qualquer forma, essas são empresas que realmente fazem grande investimento em comunicação, o que gera esse reconhecimento pelo público. Para as marcas menores, vale a análise dessas estratégias das grandes empresas para que possam usar alguns dos métodos como base para o desenvolvimento de uma comunicação própria efetiva. A inspiração é um ótimo caminho para a criação”, completa Scherer.
Foram entrevistados virtualmente, entre os dias 18 e 25 de setembro, 500 brasileiros de todos os estados do país, incluindo mulheres e homens, com idade a partir dos 16 anos e de todas as classes sociais.
Já pesquisa encomendada pela Yalo apontou que a plataforma de comunicação mais usada pelas empresas no Brasil é o WhatsApp, com 95% delas confirmando o diagnóstico. O documento descreve ainda que os canais preferidos dos consumidores são: WhatsApp (88%), redes sociais (77%) e e-mail (59%).
De acordo com dados divulgados pela própria Meta, no Brasil existem 197 milhões de usuários de WhatsApp, o segundo maior mercado da plataforma no mundo. A companhia revelou que 1 bilhão de pessoas conversam com contas comerciais ou de serviços no WhatsApp e no Messenger do Facebook. Outro dado importante vem da pesquisa da agência We Are Social, referência nesse tipo de estudo, que faz a indicação de que 93,4%, da população ou nove em cada 10 pessoas no país têm conta no WhatsApp.
Dentro das empresas no Brasil, aumentar a produtividade é prioridade com 43% de relevância, e logo depois vem o desafio de equilibrar a experiência do cliente nos mundos digital e físico, com 36% das instituições colocando-no como prioridade também.
No mundo, a adoção de aplicativos de mensagens crescerá cerca de 30%, chegando a US$ 3,7 bilhões em 2025, de acordo com o levantamento. Espera-se que o investimento em chatbots B2B na América Latina tenha um crescimento anual composto de 31% entre 2020 e 2025 devido à crescente demanda por soluções de automação de processos de negócios e adoção da inteligência artificial. Hoje, por meio dos chatbots, o comércio conversacional detém cerca de 8% do mercado global de plataformas de comércio eletrônico, segundo estudo do Future Market Insights. A análise defende, ainda, o crescimento de 15,6%, chegando a uma arrecadação de US$ 26,3 bilhões até 2032.