Preço da gasolina aumentou 1,85% no Sudeste no fechamento de julho

Em SP, motoristas encontraram gasolina e etanol pela média mais baixa do país; etanol também aumentou no consolidado de julho, à média de R$ 4,16

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Bomba de combustível (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Bomba de combustível (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa, revelou que a Região Sudeste registrou média de R$ 6,06 no preço médio do litro da gasolina no consolidado de julho, com aumento de 1,85%, ante a primeira quinzena, reflexo do último reajuste anunciado pela Petrobras no dia 8 de julho. Ainda assim, a região foi onde se encontrou a gasolina mais barata do Brasil. O etanol, comercializado a R$ 4,10, ficou 2,50% mais caro. Já o diesel S-10 foi encontrado a R$ 6,10, e o comum a R$ 5,97, após alta de 0,16% e 0,51%, respectivamente.

“Em São Paulo os motoristas encontraram a gasolina e o etanol pelo preço médio mais baixo de todo o território nacional. No período, o etanol foi considerado economicamente mais vantajoso em todo o Sudeste, além de ecologicamente mais viável, por ser um combustível que emite menos poluentes na atmosfera e contribui para uma mobilidade de baixo carbono”, aponta Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

O levantamento também apontou que o último reajuste de 7,11% anunciado pela Petrobras no dia 8 de julho refletiu em um acréscimo de 1,64% no valor do litro da gasolina no acumulado de julho, em relação à primeira quinzena do mesmo mês, fechando julho a R$ 6,19.

“O litro da gasolina aumentou ao longo do mês e iniciamos o segundo semestre com média acima de R$ 6 para o combustível e preços mais altos em todo o país, cenário que deve se manter em agosto como reflexo do último reajuste, impactando o bolso dos motoristas brasileiros”, analisa Douglas Pina.

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O preço do etanol também subiu e o litro foi encontrado no país à média de R$ 4,16, após incremento de 1,96%, ante a primeira quinzena do mês.

No levantamento por região, todas registraram aumento no valor dos dois combustíveis, com destaque para o Norte, que liderou o ranking das maiores médias e a alta mais expressiva para a gasolina. Por lá, a gasolina ficou 2,16% mais cara e fechou a R$ 6,62, e o etanol foi encontrado a R$ 4,79, após aumento de 3,01%, ante aos primeiros quinze dias de julho. A Região Sul registrou o aumento mais significativo para o etanol, de 3,08%, fechando a R$ 4,35.

A média mais baixa da gasolina foi encontrada nos postos de abastecimento do Sudeste, a R$ 6,06. Já o litro do etanol com o valor mais baixo foi identificado nas bombas Centro-Oeste, que fechou a R$ 4,06.

Quase todos os estados e o Distrito Federal registraram aumento no valor dos combustíveis, em relação à primeira quinzena. No Acre, o IPTL apontou o litro da gasolina pela média mais cara do país, a R$ 7,11. Os postos cearenses registraram o etanol com a média mais alta, a R$ 5,15. Em São Paulo, foram encontrados tanto a gasolina quanto o etanol mais baratos de todo o país, a R$ 5,94 e R$ 3,95, respectivamente.

O aumento mais expressivo para a gasolina, de 4,13%, foi registrado no Ceará, que fechou o mês com o preço do litro a R$ 6,56. Já o Amazonas comercializou o etanol a R$ 4,57, com uma alta de 6,03%, a maior entre os demais estados.

Já dados do Monitor de Preços de Combustíveis de julho de 2024, da Veloe, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), revelou um cenário de alta abrangente nos valores dos combustíveis em todo o país. O reajuste anunciado pela Petrobras no início do mês, que elevou em 7,1% o preço da gasolina para as distribuidoras, foi um dos principais fatores que contribuíram para o resultado.

Os dados do monitor mostram que, entre junho e julho, praticamente todos os combustíveis apresentaram alta nos preços médios, com destaque para o etanol (5,2%) e a gasolina comum (3,5%).

Em contraste, o gás natural veicular (GNV) foi o único dos seis combustíveis acompanhados pela pesquisa a apresentar queda de preço no período (-0,8%). Comparativamente, no balanço parcial de 2024, os aumentos abrangeram todos os combustíveis, liderados, também neste recorte temporal, pelo etanol hidratado (14,4%) e gasolina comum (7,5%).

Alternativamente, adotando como referência os últimos 12 meses, cinco dos seis combustíveis monitoradas registraram valorização nas bombas, destacando-se, neste horizonte temporal, o comportamento dos preços do diesel comum (20,5%) e do diesel S-10 (20,0%). Embora inferiores, os aumentos acumulados pela gasolina comum (8,3%), gasolina aditivada (7,7%) e etanol (6,1%) também foram relevantes, contrastando com os preços do GNV, com queda de 1,0%.

Segundo o estudo, a razão entre os preços do etanol e da gasolina foi de 70,4% na média das UFs e 70,3% na média das capitais. Embora essa relação ainda não demonstre uma clara vantagem entre abastecer com etanol ou gasolina, a tendência recente, com maior encarecimento do etanol em relação à gasolina, tem favorecido a escolha pela gasolina.

Essa análise é influenciada por fatores regionais específicos que afetam a oferta e demanda de cada combustível. No eixo Sul-Sudeste (como São Paulo e Paraná) e Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás), o etanol mantém uma pequena vantagem. No Nordeste (Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Maranhão, entre outros) e em alguns estados do Sul (notadamente, Rio Grande do Sul), a gasolina é a opção claramente mais vantajosa.

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