Preço da refeição do trabalhador sobe 10,8%

Preço médio da refeição completa para o trabalhador ultrapassa R$ 50; aumenta para 88% o número de consumidores brasileiros que pedem delivery

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Arroz e feijão em comida a quilo (Foto: Antonio Cruz/ABr)
Arroz e feijão em comida a quilo (Foto: Antonio Cruz/ABr)

O preço médio da refeição completa fora do domicílio ultrapassou R$ 50 no Brasil, de acordo com a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).

O valor médio da refeição completa ficou em R$ 51,61, 10,8% maior do que em 2023, mantendo-se entre R$ 45 e R$ 50 em todas as regiões, à exceção da Região Sudeste que apresentou o maior valor, de R$ 54,54.

O estudo considera refeição completa a composta por um prato acompanhado de bebida não alcóolica, sobremesa e cafezinho. O preço mais alto entre as capitais foi registrado em Florianópolis, que atingiu R$ 62,54, valor 11% acima do ano passado e quase R$ 11 maior do que a média nacional. Outros destaques são o Rio de Janeiro, com R$ 60,46, e São Paulo que apresenta o preço médio de R$ 59,67.

No total foram pesquisadas 51 cidades, de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal e com 5.640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em inteligência de mercado.

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A pesquisa aponta que o trabalhador usuário do vale-refeição consome 43% mais feijão, arroz, salada e 33% mais carne, quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício. Isso demonstra a relevância do PAT como programa social, sendo o mais importante para o trabalhador brasileiro. Para calcular o preço médio, a pesquisa considera os preços das quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa do Brasil, sempre de acordo com o prato principal, bebida, sobremesa e café.

A pesquisa aponta também o custo mínimo de uma refeição básica, no valor de R$ 31, caso o trabalhador opte pelo chamado “prato-feito” apenas com arroz, feijão, uma proteína, suco ou uma fruta. Em comparação ao ano passado, o aumento no preço da refeição básica foi de 4,7%, próximo ao IPCA do IBGE dos últimos 12 meses, que ficou em 4,3% no acumulado até junho. O custo do “prato feito” varia conforme a região, sendo maior no Sudeste e no Sul e menor no Norte.

A pesquisa contratada pela ABBT também busca mostrar o impacto do preço da alimentação fora do lar sobre o salário dos brasileiros, que segundo o IBGE estava em R$ 3.123 no primeiro trimestre deste ano. Desta forma, para se alimentar por 22 dias por mês com o “prato feito”, o trabalhador precisaria de R$ 678, equivalente a 21,7% do salário médio estimado pelo IBGE. Porém, se o trabalhador optar por uma refeição comercial completa o valor sobe para R$ 823,68, com impacto de 26,4% no salário médio do trabalhador. Considerando o preço médio da refeição completa nas quatro categorias pesquisadas, o valor aumenta para R$ 1.135,42, com impacto de 36,4% no salário médio.

O estudo foi realizado de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. No total foram pesquisadas 51 cidades, com 5.640 preços coletados.

Pesquisa online realizada pela Galunion de 27 de março a 1º de abril com 1.002 respondentes acima de 18 anos (50% homens e 50% mulheres) intitulada “Delivery 360”, apontou que 88% dos consumidores utilizam serviços de delivery. Em abril de 2020, o índice estava em 61%. Entre as principais motivações para utilizar o delivery, temos a conveniência ao não poder ou não querer cozinhar e a possibilidade de variar a rotina alimentar, enquanto a principal objeção é preferir fazer a comida em casa, seguido de preferir consumir no local presencialmente. A pesquisa revelou ainda que 37% dos consumidores gostariam de pedir delivery ou para retirar com mais frequência, enquanto 56% estão satisfeitos com a frequência atual e 7% em frequência menor.

O estudo revelou a região dos entrevistados, com 44% no Sudeste, 25% no Nordeste, 15% no Sul, 9% no Centro-Oeste e 7% no Norte. Com relação à faixa etária, 22% têm de 18 a 24 anos, 36% de 25 a 40 anos, 32% de 41 a 60 anos e 10% acima de 61 anos. Já com base a classe social, 11% são da classe A, 41% da classe B e 48% da classe C.

Os dados mostram que 58% dos pedidos são feitos para o almoço ou jantar em casa com família e amigos; 43% para receber visitas em casa para encontros e celebrações; 37% para almoço ou jantar em casa, sozinho(a); e 31% no almoço ou jantar no trabalho, sozinho(a). Nas refeições individuais (em casa ou não), 35% optam por snacks entre café da manhã, almoço e jantar, sendo estes considerados outros momentos importantes ao longo do dia.

Entre os tipos de culinária que os consumidores mais preferem por delivery ou para retirar, a incidência maior está nas opções de pizza com 58%, sanduíches (hambúrguer, cachorro-quente, wraps, outros) com 47% e açaí/sorvetes com 40%. Entre os menos preferidos nos mesmos canais, constam cafés, chás, sucos, vitaminas e similares com 8%, comida brasileira caseira com 10% e empatados com 13% tanto peixes e frutos do mar, quanto grelhados, churrascos e espetos.

Dentre as plataformas mais utilizadas para delivery ou para retirar, se destacam, nessa ordem, iFood, WhatsApp e telefone. Em média, nos últimos três meses, os clientes utilizaram 2,7 canais diferentes para fazerem pedidos.

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