Preço médio da energia solar para residências caiu 4% no segundo trimestre

Com 46 gigawatts instalados no Brasil, fonte já representa 19,5% da matriz elétrica

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Painéis de energia solar em telhado, geração distribuída
Painéis de energia solar em telhado (Foto: José Cruz/ABr)

O preço médio da energia solar no Brasil para residências caiu 4% no segundo trimestre do ano, segundo dados do Radar, indicador que avalia trimestralmente o preço da energia solar, realizado pela Solfácil, maior ecossistema de energia solar da América Latina. O preço médio, que era de R$ 2,76 por 1/Wp (watt-pico) no primeiro trimestre do ano, caiu para R$ 2,66 por Wp no segundo trimestre deste ano.

A redução de preços foi impulsionada pela queda no custo do polisilício, principal matéria-prima para a fabricação de placas solares. Os dados apontam que a queda nos preços dos projetos se manteve em todas as faixas de potência, desde 2-4 kWp até mais de 15 kWp.

Todos os estados brasileiros acompanharam a tendência de queda no segundo trimestre, com exceção de Minas Gerais. As maiores reduções nos preços foram observadas no Rio Grande do Sul, com R$ 1/Wp 2,67, e em Roraima, com R$ 1/Wp 2,34, com recuo de 15% no preço comparado ao primeiro trimestre do ano. Rondônia, com R$ 1/Wp 2,30, apresentou uma queda de 9%, e Roraima destacou-se como o estado mais barato para a instalação de energia solar residencial no Brasil, seguido por Amapá, com R$ 1/Wp 2,36 (queda de 3%), Acre, com R$ 1/Wp 2,47 (queda de 10%), e Mato Grosso, com R$ 1/Wp 2,49 (queda de 7%).

Em termos regionais, o Centro-Oeste mantém sua posição como a região mais acessível para investimentos em energia solar, com um custo médio de R$ 1/Wp 2,58. A região registrou uma queda de 3% entre o primeiro e segundo trimestre do ano.

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Já o Nordeste apresentou a segunda maior queda de preços no segundo trimestre, com o valor de R$ 1/Wp 2,62, com queda de 5% abaixo da média nacional. A redução somada às condições geográficas favoráveis tornam o local atrativo para investimentos em energia solar residencial.

A Região Sul teve uma queda de 9% nos preços por R$ 1/Wp 2,60, consolidando-se como a segunda região mais barata do país para instalação de sistemas solares. Por outro lado, o Norte continua sendo a região mais cara para a instalação de energia solar, apesar de uma queda de preços superior à média nacional, com custo de R$ 1/Wp 2,79 e redução de 5% nos preços.

O Sudeste, por sua vez, teve a menor redução de preços entre todas as regiões do Brasil, com o valor médio de R$ 1/Wp 2,74 e diminuição média de 1% entre trimestres, impulsionada pela performance de Minas Gerais, que foi o único estado a não registrar redução nos preços.

A fonte solar já ultrapassa a marca de 46 GW de potência instalada na geração própria de pequenos sistemas e nas usinas de grande porte, o equivalente a 19,4% da matriz elétrica brasileira, de acordo com mapeamento da Associação Brasileira de Energia fotovoltaica (Absolar).

Segundo a entidade, o setor fotovoltaico já atraiu mais de R$ 214,9 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 1,38 milhão de empregos verdes no país. Adicionalmente, a fonte solar já evitou a emissão de 55,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Desde 2012, os negócios no setor garantiram mais de R$ 66 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

Na geração própria solar, são 31,2 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 150,6 bilhões em investimentos, R$ 44,9 bilhões em arrecadação e mais de 936 mil empregos verdes acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no país, liderando com folga o segmento.

Já no segmento de geração centralizada, as grandes usinas solares possuem mais de 14,9 GW de potência no país, com cerca de R$ 63,9 bilhões em investimentos acumulados e mais de 447 mil empregos verdes gerados desde 2012.

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