De acordo com o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o preço médio da gasolina avançou 2,28% em julho no país, na comparação com o fechamento do mês anterior. O novo aumento fez o valor médio por litro ultrapassar R$ 6. Na primeira quinzena de fevereiro, o valor de R$ 5 foi alcançado pela primeira vez. Cinco meses depois, o combustível foi comercializado à média de R$ 66, 24,7% acima do registrado no fechamento de janeiro.
“O cenário continua de alta também para o etanol, embora o preço médio esteja bem próximo do registrado no mês anterior. O combustível foi encontrado em julho a R$ 5,042, o litro no território nacional, alta de 0,2%”, destaca Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.
A gasolina apresentou aumento nas cinco regiões brasileiras. No Nordeste, o maior deles, de 2,69% em relação ao fechamento de junho. Mas o combustível com preço médio mais alto foi encontrado no Centro-Oeste, a R$ 6,080. Na Região Sul, os postos registraram o combustível com menor valor médio por litro, a R$ 5,776. Já a menor alta foi registrada no Sudeste, de 1,53%.
No caso do etanol, três regiões apresentaram recuos – o maior deles no Sudeste, de 1,09%. O combustível foi encontrado pelo menor valor no Centro-Oeste, a R$ 4,655, e pelo preço médio mais caro no Nordeste, a R$ 5,269. Os postos nordestinos registraram a maior alta nacional, de 2,05% em relação ao fechamento de junho.
No recorte por estados, o Acre segue com a gasolina mais cara, a R$ 6,416, e o Rio Grande do Sul com o etanol de maior preço médio, a R$ 5,816. Em julho, o maior aumento de preço médio da gasolina foi registrado no Amazonas, onde o valor pago por litro do combustível avançou 7,50%. Também nos postos amazonenses, o etanol apresentou alta de 5,05%, taxa mais alta do território nacional.
Em Minas Gerais, o etanol registrou o recuo mais significativo em julho, de 1,85% em relação ao fechamento do mês anterior. Nenhum estado apresentou redução no preço médio da gasolina, encontrada no Amapá pelo menor valor, a R$ 5,488. São Paulo comercializou o etanol mais barato, a R$ 4,154.
Para Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos, “em meados de julho observamos a Opep decidindo pela elevação da produção para os próximos meses, fato que gerou uma descompressão no preço do petróleo no curto prazo, e, consequentemente, no preço da gasolina, que na oportunidade chegamos a estimar que a defasagem do combustível estava em ‘apenas’ 9%. Contudo, duas semanas depois, atualizamos novamente nossos modelos e a defasagem voltou a subir, pressionados principalmente pela alta do barril de petróleo, sendo necessária elevação do preço da gasolina em cerca de 17% (estimado) para buscar a paridade com o preço internacional.”
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